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Quer estabilidade de um emprego público, mas não sabe que concurso fazer?

Divulgação

Você é um daqueles que sonham em ser funcionário público, ganhar um bom salário e ter estabilidade no emprego? Há muitas opções para escolher. Nesta segunda-feira (18), existiam cerca de 18,3 mil vagas em concursos com  em todo o país. Há salários de até R$ 26,1 mil.

De acordo com a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), no total devem ser oferecidas neste ano cerca de 162 mil vagas em diversas áreas nas três esferas públicas. Só no governo federal, cerca de 30 órgãos enviaram pedidos ao Ministério do Planejamento de autorização para abrir concursos públicos em 2018.

Será que uma dessas vagas pode ser ocupada para você? Qual concurso público escolher? Você tem mesmo perfil para trabalhar no funcionalismo público?

Em geral, três fatores devem ser observados na hora de escolher o concurso público que irá prestar: função, remuneração e local de trabalho.

Ouviu dois especialistas em concursos públicos, que deram sete dicas de como escolher um que mais combina com você.

Escolher o cargo de acordo com seu perfil

Antes de escolher o cargo para o qual vai prestar concurso, é recomendável avaliar se aquela carreira é mesmo compatível com o seu perfil.

“A escolha do cargo para concorrer à vaga depende muito do perfil de cada pessoa. Se você odeia trabalhar na rua, por exemplo, não pode nunca ser oficial de Justiça. Se não pode ver sangue, os cargos de papiloscopista e de auxiliar de necropsia não vão combinar com você”, afirmou o professor Gabriel Henrique, 32, coach de carreira e especialista em concursos públicos da Central de Concursos.

Ele recomenda até uma visita à repartição pública para ver de perto como trabalha o servidor naquele determinado cargo e conversar com ele.

Renato Saraiva, 49, consultor trabalhista, fundador do Grupo Cers (rede de cursos preparatórios para carreiras jurídicas, OAB e concursos públicos) e vice-presidente da Anpac, disse que não há um perfil ideal de servidor público, mas todos que trabalham no funcionalismo devem ter em mente que a “sua missão é servir ao público”.

“Infelizmente, a grande maioria das pessoas que prestam concurso para trabalhar no funcionalismo público não o faz por vocação, mas por estabilidade financeira”, afirmou.

 Analisar a remuneração

Para Gabriel Henrique, a remuneração deve ser adequada ao seu estilo de vida.

 Checar em que cidade é a vaga pretendida

O local de trabalho também tem de ser levado em consideração. “Não adianta você prestar concurso em outro estado, por exemplo, se não estiver preparado para se mudar para lá. Isso é um projeto de vida que envolve a família toda”, disse Saraiva.

Para Gabriel Henrique, trabalhar perto de casa aumenta a qualidade de vida. “Portanto, se você vai prestar para algum cargo fora da sua cidade ou estado, saiba que terá de se mudar ou fazer grandes deslocamentos até o local de trabalho”, disse.

A vantagem, disse ele, é que quando você presta o concurso, em geral já sabe em qual cidade é aquela vaga.

 Ver se atende aos requisitos do concurso

Além da questão da escolaridade, alguns concursos exigem requisitos específicos, como altura mínima (na Polícia Militar, por exemplo).

Segundo Gabriel Henrique, para prestar concurso para delegado da Polícia Civil, por exemplo, o candidato tem de ser bacharel em Direito e ter, no mínimo, dois anos de atividade jurídica.

 Ler com atenção o edital do concurso

Todas as informações referentes à realização da prova e aos cargos disponíveis constam do edital do concurso.

“É ali que você vai saber qual o conteúdo e o dia da prova, a carga horária e as atribuições da função daquele cargo a que você que irá concorrer”, disse Gabriel Henrique.

 Preparar-se com antecedência

Estudar diariamente e ter planejamento são dicas de Saraiva. Para ele, há diferenças entre o concurseiro profissional e o amador: o amador se inscreve em todo e qualquer concurso, sem preparação específica. O profissional escolhe a área específica e foca em concursos que são realizados em vários estados, como os dos tribunais do trabalho, por exemplo.

Quanto à preparação, o concurseiro amador só estuda quando sai o edital; o profissional vem estudando há meses.

Para Gabriel Henrique, não adianta estudar na véspera do concurso. É preciso se preparar com antecedência de, no mínimo, três meses.

“Quanto mais tempo você se preparar, mais chances você terá de passar. Estudar três meses antes do concurso é o limite mínimo. Alguns concursos exigem, pelo menos, um ano de preparação”, disse.

Segundo ele, a pessoa não deve “abraçar projetos impossíveis”, como estudar por conta própria matérias específicas em pouco tempo. Nos concursos públicos, além das disciplinas básicas (como língua portuguesa, matemática, raciocínio lógico, informática, direito constitucional e direito administrativo), há também questões relacionadas a matérias específicas para aquele cargo, como contabilidade e direito tributário (para auditor fiscal da Receita Federal, por exemplo).

“Quando você está estudando para concurso, já está treinando para a sua carreira. Fator sorte não existe. É mais fácil ganhar na loteria, do que acertar todas as questões do concurso sem estudar”, declarou Gabriel Henrique.

Preparar a mente para encarar o concurso

Outra dica importante é fazer também um curso de inteligência emocional e alta performance, disse Saraiva. “É importantíssimo estar com a mente preparada, para na hora da prova não dar aquele branco. A preparação mental deve ser feita em paralelo à preparação cognitiva”, declarou.

Estabilidade e outros benefícios do funcionalismo público

A estabilidade no funcionalismo público é o maior chamariz dos candidatos que prestam concurso público. Essa é a avaliação de Gabriel Henrique, da Central de Concursos.

A estabilidade é prevista em lei e é garantida após o estágio probatório (três anos de exercício no cargo sem cometer faltas). Entre as faltas que devem ser evitadas estão, por exemplo, a “inassiduidade habitual” (faltar muito ao trabalho) e a prática de crimes.

Fonte: Uol Notícias

 

 

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