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Quilombola de 15 anos que sonha em ser modelo encanta com vestido de capim dourado com 1100 peças artesanais; Veja fotos!

Aos 15 anos, jovem quilombola Tayza Pereira se destaca com vestido de Capim Dourado e representa tradição do Mumbuca. 

 

A beleza do capim dourado é inegável. As peças artesanais, produzidas a partir do capim recolhido na região do Jalapão, encantam e atraem os olhares por todo o mundo. 

 

O vestido de Capim Dourado, desenhado pelo estilista tocantinense Luiz Fernando Carvalho para o Miss Brasil 2021, foi apresentado durante a Festa da Colheita do Capim Dourado, organizada pela Comunidade Mumbuca, com o apoio do Governo do Tocantins. O traje pertence ao acervo da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc).  

 

Vestido pela jovem quilombola, Tayza Pereira, de 15 anos, o traje, que conta com mais de  1100 peças artesanais, produzidas com o apoio de 15 artesãs, foi a atração da festa da comunidade que deu origem à cultura do artesanato feito do capim dourado. 

Design por trás do vestido, o jovem estilista Luiz Fernando Carvalho conta que foram necessárias 720 horas de trabalho para finalizar a peça, que foi apresentada no Miss Brasil e agora na Festa da Colheita. “O vestido é um grande quebra-cabeça. Cada peça busca destacar o trabalho das artesãs e a beleza do Capim Dourado. Ter esse trabalho reconhecido pela comunidade e trocar experiências com as famílias que deram origem a essa tradição é algo mágico para mim”, revela o design que realizou uma bate-papo com as artesãs e adolescentes do Mumbuca. 

Aos 15 anos, Tayza Pereira, que mora na comunidade, tem o sonho de ser modelo e foi a escolhida para apresentar o traje, sendo também reconhecida pela beleza ao representar as mulheres dos quilombos da região do Jalapão. “Estou super feliz, nunca pensei em um momento como esse. Hoje eu estou orgulhosa, pois acho que o vestido me escolheu para que eu pudesse apresentar a nossa cultura e representar a nossa comunidade”, declarou Tayza ao revelar que nunca havia desfilado ou se maquiado profissionalmente. 

Para o presidente da Adetuc, Jairo Mariano,  após a apresentação do traje no Miss Brasil, retornar com o vestido à comunidade é um ato simbólico  que valoriza a história de trabalho dos quilombolas com a arte do capim dourado. “A valorização do artesanato tem sido uma das principais linhas de trabalho do Governo do Tocantins para a geração de emprego e renda. Apresentar o vestido na festa da colheita estimula e potencializa a atividade das artesãs da região”, completa. 

Foto: Flávio Cavalera / Governo do Tocantins 

Legenda: Tayza Pereira: Musa do Capim Dourado. 

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