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Quiosques na Praia do Caju são alvos de bandidos; comerciantes relatam prejuízos

Foto: Secom Palmas (TO)

Os comerciantes da Praia do Caju, na região sul de Palmas, estão tendo prejuízo em dobro nos últimos dias por causa da pandemia de coronavírus. Além de não poderem abrir devido às medidas de restrição a Covid-19, os quiosques estão sendo invadidos por criminosos. Em apenas um dia, dois locais foram arrombados.

A câmera de segurança de um dos quiosques flagrou a ação dos ladrões: dois homens e uma mulher. Um deles tenta quebrar o cadeado do portão usando uma chave de roda. Eles só desistem quando percebem que estavam sendo gravados

“Eu passo a noite quase toda acordado, vigiando lá pelo meu celular para ver se evita o pior porque nós não temos segurança aqui”, disse o comerciante Joaquim Alves.

Na mesma noite os criminosos conseguiram invadir outro restaurante.

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“[levaram] Toda a bebida que tinha no freezer, as porções: peixe, carne de sol. O que tinha para vender foi levado tudo. Ficou um prejuízo bem grande para a gente, quando retornar não sabemos como que a gente vai começar novamente, porque o que a gente tinha foi levado”, lamentou Cecília Alves.

A Praia do Caju tem nove barracas e a maioria já foi alvo de criminosos. Para recuperar esse prejuízo está complicado porque o local está fechado devido às medidas de prevenção a Covid-19. As vendas estão paradas há cerca de 50 dias.

Os comerciantes só podem trabalhar com entrega, mas ninguém consegue passar daqui pra chegar até os quiosques. Além disso, a praia é distante dos bairros e isso inviabiliza o serviço de delivery.

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“A gente perde tempo para esse produto chegar até o cliente e o produto não vai chegar com qualidade. Para nós não é vantagem entregar esse produto com baixa qualidade”, explicou o presidente da associação dos barraqueiros, José de Brito.

Os comerciantes não sabem mais o que fazer.

“Restou para gente o só o prejuízo e também as dívidas que chegam: água e energia, por exemplo. Estão chegando direto e a gente tem que pagar”, disse Cecília Alves.

O que dizem as autoridades

Em nota, a Polícia Militar e Aguarda Metropolitana de Palmas disseram que fazem o patrulhamento constante e as vítimas não deixem de registrar as ocorrências na delegacia.

A Prefeitura de Palmas informou que os comerciantes das praias estavam incluídos nas categorias para receber o benefício do kit alimentação, cujo cadastro deveria ter sido feito por um portal disponibilizado pelo município.

fonte: G1 TO

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