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R$ 130 milhões em ouro: Quadrilha suspeita de extração ilegal em terras indígenas no TO é alvo de operação da PF; ASSISTA

Ouro apreendido pela Polícia Federal – Foto – Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (28/02/2023) a “Operação Kukuanaland” que visa o cumprimento de mandados de busca e apreensão tendo como objetivo identificar e
desarticular organização criminosa dedicada a extração ilegal de ouro, sua comercialização, exportação e lavagem do dinheiro, extraídos de reservas indígenas e unidades de conservação federal.

São cumpridos cinco (05) mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia/GO e Santos/SP, todos expedidos pela Vara Única da Subseção Judiciária de Gurupi/TO.

As investigações revelaram que na posse de uma Permissão de Lavra Garimpeira – PLG, localizada em Natividade/TO, os suspeitos emitiam notas fiscais ideologicamente falsas da
venda do ouro, acobertando assim a extração em terras indígenas e de garimpos ilegais em outros estados. Viabilizando a venda a instituições financeiras e exportadoras.

Restou provado que na PLG indicada não houve a lavra da quantidade de ouro declarada. Até o momento, foi identificado a “lavagem” de ouro retirado de forma ilegal no valor de mais de R$ 130 milhões, o que representa em torno de 300 kg de ouro puro.

Os objetos apreendidos serão analisados visando a identificação de todas as pessoas que praticam a extração e o comércio ilegal de ouro. O trabalho se concentrará na identificação de
todos os envolvidos e na recuperação do prejuízo sofrido pelos cofres públicos.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes do artigo 2o (crime contra a ordem econômica – usurpação), da Lei no 8.176/1991; artigo 55 (pesquisa/lavra/extração de recursos minerais sem autorização/permissão/concessão ou licença), da Lei no 9.605/1998: artigo 1o (lavagem de capital), da Lei no 9.613/1998, artigo 299 (falsidade ideológica), do Código Penal; e artigo 2o (organização criminosa), da Lei no 12.850/2013, cujas penas somadas podem chegar a vinte e nove anos de reclusão.

O nome da operação “KUKUANALAND”, faz alusão às terras do povo KUKUANA do livro As Minas do Rei Salomão, onde foi encontrado o caminho para as minas do Rei e também
fazendo referência às minas investigadas na ação.

Veja o disse o delegado da PF

Fonte – Ascom PF-TO

 

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