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R$ 5 mil não é suficiente para sustentar uma família de quatro pessoas em Palmas, aponta pesquisa

(Marcos Santos/USP Imagens)

Uma pesquisa realizada pelo Escritório Modelo de Gestão e Negócios do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) mostra que o salário mínimo para uma família de quatro pessoas em Palmas deveria ser mais de R$ 5 mil. O estudo aponta que o valor do salário mínimo de R$ 1.212 não ampara despesas básicas na capital e que R$ 5.232 é o necessário para que uma família viva com o mínimo de conforto.

A análise sobre índice inflacionário e salário mínimo é referente a junho de 2022 e foi realizada pelo Escritório Modelo de Gestão e Negócios do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), campus Palmas, em parceria com o Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômicas (NAEPE).

O economista Autenir Rezende participou da pesquisa e afirma que o salário que a maioria dos palmenses recebe não é suficiente. “A gente identificou a princípio que o custo da cesta básica pra um indivíduo sobreviver por um mês está em R$ 622. Esse custo, quando você considera a família, a sobrevivência familiar, tendo uma família padrão de duas crianças e um casal, essa cesta básica está em torno de R$ 1.800”, disse.

O economista explica que só a cesta básica consome cerca de 56% do salário de um brasileiro. “Se você a partir daí deduzir que uma pessoa não tem só o custo da alimentação para sobreviver, mas tem também energia, água, aluguel, transporte. Você entende que o salário mínimo vigente hoje está muito aquém do mínimo que as pessoas precisariam para sobreviver com dignidade”, afirmou.

Sem o valor ideal, as pessoas se viram como podem. Algumas fazem rendas extras ou tentam economizar A Weslane Cirqueira é professora e para gastar menos trocou o ar-condicionado pelo ventilador. Ela diz que faz uma reserva financeira para não passar apuros com o orcaçento da casa.

“O custo está muito alto em todos os âmbitos. Saúde, medicação está muito cara, gasolina. Às vezes você deixa de ir na casa dos pais. E o mercado está muito alto. Você vai comprar, programa uma receita e tem que mudar porque quando chega lá [no supermercado] você assusta. Há uma mudança muito grande de valores”, disse.

Fonte: g1 Tocantins

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