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Ranking tarifário aponta Tocantins como a 18ª energia mais cara do país

Rogério Tortola e Marco Aurélio Jacob – Gazeta do Cerrado
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) atualizou o ranking das tarifas de energia elétrica de todo o país. A região Norte tem a maior média nacional R$ 0,624.
Confira a média por região:
Na região Norte, Amazonas (R$ 0,706) e Pará (R$ 0,671), possuem as tarifas mais caras, o Tocantins é quarto maior índice da região.
Se comparado com outros estados e empresas de energia a ETO, Energisa Tocantins tem a 18ª energia mais cara do país dentre as 97 concessionárias de energia em atividade no Brasil.
A concessionárias de energia CERAL ARARUAMA do Rio de Janeiro lidera o ranking com a tarifa em R$ 0,870 por Kw/h e a mais barata é a CASTRO – DISTRIBUIDORA do Paraná com a tarifa em R$ 0,331 por Kw/h.

Confira aqui o ranking completo da ANEEL

Quais são os CUSTOS DA TARIFA DE ENERGIA?
Os valores são expressos na unidade R$/kWh (reais por quilowatt-hora) e não contemplam tributos e outros elementos que fazem parte da conta de luz, tais como ICMS*, PIS/PASEP e Cofins, Taxa de Iluminação Pública e o adicional de Bandeira Tarifária.

Para fins de cálculo tarifário, os custos da distribuidora são classificados em dois tipos:

Parcela A: Compra de Energia, transmissão e Encargos Setoriais; e
Parcela B: Distribuição de Energia.

Conforme se observa da Figura a seguir, os custos de energia representam atualmente a maior parcela de custos (53,5%), seguido dos custos com Tributos (29,5%). A parcela referente aos custos com distribuição, ou seja, o custo para manter os ativos e operar todo o sistema de distribuição representa apenas 17% dos custos das tarifas.

Apesar das chuvas já terem começado no país os consumidores estão pagando a taxa extra, as chamadas bandeiras tarifárias. Elas são utilizadas para compensar o custo adicional do uso de termoelétricas.

Entenda o Sistema de Bandeiras Tarifárias

Desde o ano de 2015, as contas de energia passaram a trazer uma novidade: o Sistema de Bandeiras Tarifárias, que apresenta as seguintes modalidades: verde, amarela e vermelha –   as mesmas cores dos semáforos –  e indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final, em função das condições de geração de eletricidade. Cada modalidade apresenta as seguintes características:

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Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;

Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,010 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,030 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,050 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

Todos os consumidores cativos das distribuidoras serão faturados pelo Sistema de Bandeiras Tarifárias, com exceção daqueles localizados em sistemas isolados.

Até o mês de outubro estava em vigor a bandeira vermelha patamar II, quando era cobrado R$5,00 a cada 100kw/h. Neste mês de novembro vigora a bandeira amarela, o valor adicional cobrado baixa para R$1,00 kw/h.
Veja abaixo a bandeira tarifária vigente por mês no ano de 2018:
  1. Janeiro – 2018 – Bandeira Verde
  2. Fevereiro – 2018 – Bandeira Verde
  3. Março – 2018 – Bandeira Verde
  4. Abril – 2018 – Bandeira Verde
  5. Maio – 2018 – Bandeira Amarela
  6. Junho – 2018 – Bandeira Vermelha – Patamar 2
  7. Julho – 2018 – Bandeira Vermelha – Patamar 2
  8. Agosto – 2018 – Bandeira Vermelha – Patamar 2
  9. Setembro – 2018 – Bandeira Vermelha – Patamar 2
  10. Outubro – 2018 – Bandeira Vermelha – Patamar 2
  11. Novembro – 2018 – Bandeira Amarela
Segundo Mauro Inácio, gerente de serviços comerciais da Energisa, todos os meses é feito um estudo para determinar qual bandeira vai ser utilizada no mês seguinte.
O que nós pagamos?
Inácio explica que o valor da tarifa de energia elétrica visa cobrir os custos com geração, nas usinas,  com a transmissão (da usina até a distribuidora), com a distribuição em todas as residências e por último os encargos setoriais, um exemplo de encargo é custo para manter o cliente baixa renda.
Do valor total da conta, 30,68% é custo com geração, 3,07% vai para pagar a transmissão, 36,05%  para o governo e a concessionária fica com cerca 30.02%.
Leilão
Um questionamento muito comum, feito pelos tocantinenses, é por que pagamos tão caro se o estado é importante gerador de energia e temos aqui duas usinas hidrelétricas?
No modelo brasileiro, toda energia produzida é vendida em leilões, por isso não faz diferença se o estado é gerador.
Os leilões são a principal forma de contratação de energia no Brasil. Por meio desse mecanismo, concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) garantem o atendimento à totalidade de seu mercado no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Quem realiza os leilões de energia elétrica é a CCEE, por delegação da Aneel.
O critério de menor tarifa é utilizado para definir os vencedores dos leilões, visando a redução dos custos na contratação de energia.
DICAS VALIOSAS DE ECONOMIA DE ENERGIA
O preço da energia tem grande impacto no orçamento doméstica, a saída é economizar todos os dias. Algumas atitudes simples podem fazer a diferença e deixar a conta um menos salgada.
  1. Após carga completa de equipamentos com bateria (como maquinas portáteis ou celulares), retire o carregador da tomada para evitar gastos desnecessários.
  2. Prefira carregar o celular ou computadores portáteis ou tablets durante o dia, a noite após o carregamento ele ainda continua consumindo energia e diminui a eficiência da bateria.
  3. Aparelhos como micro ondas, tv e som também devem ser retirados da tomada quando não estiverem em uso pois em modo espera (stand by) também consomem energia.
  4. Troque gradativamente as luzes de sua casa pelas novas lâmpadas de LED (já vendidas em supermercados e em lojas especializadas), além de mais econômicas, duram mais.
  5. O modem wi-fi também pode ser retirado da tomada, quando não estiverem sendo usados, a noite ou durante ausências prolongadas como férias ou feriados.
  6. Aquecer o chuveiro com painéis solares ou sistema de gás é mais barato que o convencional chuveiro elétrico.
  7. Se costuma passar roupas, após a lavagem estenda as peças em cabides no varal, assim usa menos tempo ao usar o ferro de passar roupas.
  8. Energia solar é cara em um primeiro momento, mas quem mora no norte do Brasil onde o sol é abundante é uma ótima solução pois o financiamento é pago com a própria redução da tarifa de energia e para quem é de Palmas, TO ainda tem redução do IPTU. As placas solares duram em média 25 anos, entre 6 a 8 anos o sistema já está totalmente pago (e tem sistema de financiamento facilitado nos bancos brasileiros).
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