Ícone do site Gazeta do Cerrado

Reconhecimento facial, impressão digital, senha, PIN ou desenho: qual método de bloqueio deixa o celular mais seguro?

Especialistas avaliam a segurança das principais formas de bloqueio e explicam como usá-las corretamente; confira.

 


Celular — Foto: Anderson Fetter/ Agência RBS

 

Senhas longas e complexas e autenticação facial com sensor 3D são os métodos individualmente mais seguros para bloquear o celular, de acordo com especialistas.

Confira abaixo como funcionam as principais formas de bloqueio de celular e como a sua segurança, de 1 a 3.

Vale destacar que, apesar de terem métodos de bloqueio mais seguros que outros, a melhor estratégia é combinar mais de um método (veja ao final da reportagem).

 

​Senha alfanumérica complexa e longa

 

É uma mistura de letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos definidos manualmente para desbloquear o celular.

Se implementada da maneira correta, é considerado um dos métodos mais seguros de bloqueio. Para isso, a senha deve ser:

– Longa: o ideal é ter entre 8 e 12 elementos;

– Complexa: misturar números, letras minúsculas e maiúsculas e símbolos de forma aleatória — nunca com datas de aniversário ou sequências simples;

– Pouco usada: se for usada com frequência, ela fica mais suscetível a ser descoberta.

 

Reconhecimento facial com sensor 3D

 

Funciona a partir da captura e do armazenamento de um mapa único do rosto do usuário. O grau de segurança vai depender do tipo de sensor de captura de imagem usado pelo aparelho.

– ​Sensor 3D: é considerado muito seguro, porque capta não só a imagem, mas a profundidade do rosto. Isso faz com que ele consiga diferenciar uma pessoa de uma foto.

– Sensor 2D: só capta a imagem, por isso, é vulnerável a fraudes que usam fotos e vídeos.

 

Como saber qual se o sensor da câmera do celular é 2D ou 3D?

 

– Consulte o site oficial do fabricante ou o manual do aparelho e procure por termos como “face ID” ou “sensor de profundidade”.

“Esses são indícios de que a tecnologia 3D está presente”, explica Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira De Segurança Cibernética (Abraseci). “Muitos modelos premium, como iPhones a partir do X e alguns Android de ponta (ex.: Samsung Galaxy S22), oferecem essa funcionalidade”.

– Teste o reconhecimento facial com a luz apagada; se funcionar, provavelmente, tem sensor 3D.

“A tecnologia 3D geralmente utiliza sensores infravermelhos, por isso, se ele funcionar mesmo sem luz, deve ser 3D”, justifica Kin.

 

– ​​Impressão digital

 

O celular usa um sensor para ler a digital e transformá-la em um código, assim, quando o usuário tentar desbloquear o aparelho, ele vê se a digital confere com o código armazenado.

É uma estratégia segura, mas pode ser fraudada a partir de cópias de digitais que ficam em superfícies, como copos e maçanetas, por exemplo.

 

– ​PIN

 

Costuma ser uma sequência de 4 ou 6 números definida pelo usuário e armazenada no aparelho.

É pouco segura, porque pode ser facilmente observada e copiada por fraudadores.

 

– ​Desenho

 

Nesse método, o usuário liga pontos na tela e constrói um desenho, que deve ser repetido para desbloquear o aparelho.

É considerado pouco seguro, especialmente porque as pessoas costumam usar sempre os mesmos padrões de desenho, como em formato de “L” ou “zigue-zague”, que podem ser adivinhados ou copiados com facilidade, segundo o presidente da Abraseci.

 

Combinar mais de um método de bloqueio

 

É a melhor forma de deixar o seu celular seguro, segundo Márcio Teixeira, membro do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).

“Você pode configurar uma senha alfanumérica [com letras e números] complexa como bloqueio padrão do seu celular e deixar a autenticação facial como método adicional para caso você esqueça a senha, por exemplo”, descreve.

Segundo ele, também é importante usar métodos de bloqueio diferentes para o celular e os aplicativos de bancos, por exemplo. “Assim, fica ainda mais difícil acessar esses dados”, diz.

 

(Fonte: g1 Tecnologia)

Sair da versão mobile