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Região sul de Palmas vive momento crítico e registra mais três assassinatos em nova onda de violência

Artur Uchôa Matos tinha passagens e faria 19 anos nesta quarta-feira, 31 – Foto – Redes Sociais/Divulgação

Lucas Eurilio, Gazeta do Cerrado

Mais uma noite violenta com triplo homicídio foi registrada na região sul de Palmas, nesta terça-feira, 31, e a nova onda de assassinatos têm deixado a população com medo e em alerta.

O primeiro homicídio acontece no início da noite, por volta das 18h26, no setor Ipê Amarelo. A vítima foi identificada como Arthur Uchôa Matos, que faria 19 anos nesta quarta-feira, 31, e segundo as informações da Polícia Militar (PMTO), ele tinha passagens e envolvimento com facção criminosa.

Ainda conforme a PM, Artur estava próximo de uma igreja na divida do Ipê Amarelo com o Santa Bárbara, quando, segundo relatos, dois homens numa motocicleta chegaram e o garupa efetuou dois disparados. A vítima ainda conseguiu correr alguns metros, mas caiu em uma calçada.

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Os militares explicaram ainda que os tiros atingiram a região do tórax, mão e peito direito. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) esteve no local para fazer os primeiro atendimentos, mas Artur resistiu.

Após os procedimentos, o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e o caso será investigado pela Polícia Civil.

Homicídios em praça

Já os outros dois homicídios foram registrados em uma praça pública na Arse 111, antiga 1.104 Sul, por volta das 20h30. As vítimas são os irmãos Weverson Rodrigues Lima, de 21 anos e Geferson Rodrigues Lima, de 23 anos. Eles não tinham passagem pela polícia.

Segundo o relatório da Polícia Militar (PMTO) que foi acionada para atender a ocorrência, ao chegarem no local encontraram os irmãos já caídos.

Testemunhas informaram que uma motocicleta vermelha chegou e o garupa que efetuou os disparados estava de blusa branca. Eles passaram pela praça e atiraram contra Weverson e Geferson que não resistiram.

Depois do crimes, os autores fugiram, mas continuam sendo procurados pela polícia.

Após os procedimentos, os corpos dos irmãos foram levados para o IML. O caso também será investigado pela Polícia Civil.

Medo dos moradores

A Gazeta do Cerrado acompanha a situação dos homicídios desde o início do ano e no último dia 10, conversou com moradoras da região sul de Palmas que relataram medo até de sair de casa.

Uma delas é Miriã Dias de Oliveira, de 27 anos e que mora no Irmã Dulce há mais de 15 anos. Ela espera do poder público uma resposta.

“Como moradora do setor Irmã Dulce, tô com muito medo de tudo que tá acontecendo em relação esses assassinatos. Tenho filhos e fico preocupada com eles ao sair pro trabalho.
Espero como cidadã que o poder público dê mais assistência a essa região, estamos nos sentido vulneráveis. A paz na capital tá acabando, infelizmente por causa desses criminosos e a comunidade paga por isso”, lamentou.

Conforme o levantamento feito pelo G1 Tocantins no último 26/05, a maioria das vítimas em Palmas são homens negros e pardos de até 30 anos e sem passagens pela polícia.

Até o dia 15/05, na capital foram registrados 65 assassinatos, conforme os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO), mas esse número é ainda maior, tendo em vista que foram registrados pelo menos mais outros seis homicídios.

Forças de Segurança reforçam estratégias

Nesta terça-feira, as Forças de Segurança do Tocantins se reuniram para traças e reforças estratégias para combater a nova onda de assassinatos em Palmas.

Conforme o secretário estadual de Segurança Pública, Wladimir Mota Oliveira, as ações e investigações é uma forma de dar segurança aos moradores e promover a cultura da paz.

“É imprescindível cada vez mais que as Forças de Segurança atuem de forma integrada, ao compartilhar informações e realizar operações conjuntas, para que possamos dar uma resposta rápida à sociedade, devolvendo a sensação de segurança e contribuindo para a cultura da paz. A Polícia Civil está empenhada em combater o crime organizado e, com o auxílio da Polícia Militar, vamos conseguir dar a resposta que a sociedade deseja”, disse.

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