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Relatório diz que maioria dos projetos da Câmara da Palmas é irrelevante

Segundo um levantamento do Observatório Social, organização não governamental que fiscaliza o trabalho dos vereadores, 85% dos projetos votados na Câmara de Palmas são irrelevantes. Ao longo dos últimos quatro anos de mandato, cada vereador teve uma média de dois projetos aprovados por ano. Mesmo assim, 10 dos 19 parlamentares conseguiram se reeleger. Seis deles estão entre os que mais faltaram a sessões entre janeiro e maio de 2016. 

Durante este ano, a Câmara de Vereadores de Palmas também foi assunto por outros motivos: pauta trancada por mais de 30 dias, alto custo de manutenção e cerca de 90% dos servidores comissionados.

Para os membros do Observatório, a taxa de reeleições surpreendeu. “Nós temos uma Câmara que custa R$ 30 milhões por ano e a maioria dos projetos apresentados são projetos que não propiciam uma qualidade de vida melhor ao cidadão palmense, não tem relevância necessária. Bem como a fiscalização do executivo, que é outro ponto que deve ser realizado pelo vereador também não tem sido feito a contento”, disse Aline Rigoni, membro da instituição.

“Se a gente só eleger esses vereadores e não fizer esse acompanhamento a gente não está fazendo esse controle social. Quanto mais controle a gente tiver na Câmara mais efetivo vai ser o trabalho desse vereador. Então é importante que as pessoas se mobilizem e tenham consciência de que a gente precisa fazer essa fiscalização”, disse Rigoni.

Projetos
O relatório desenvolvido pela organização entre 2013 e 2016 apontou que pelo menos 85% dos projetos aprovados na Câmara de Vereadores são considerados irrelevantes. Isso porque são projetos que dão nome à ruas e escolas, mudam nomes de praças e fazem menção honrosa, entre outros. Para a presidente do Observatório Social, Ana Isabel Friedlander, a expectativa era de que renovação fosse maior.

“A gente esperava uma taxa maior, mas é interessante saber que quase 50% foi renovado, agora temos duas mulheres. Na antiga legislatura não tinha nenhuma representação feminina, então houve uma mudança[…] Eu acredito que é possível fazer uma mudança, mas depende do eleitor continuar acompanhando”, afirmou.

Fonte: G1 Tocantins

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