Em 2021, dois tipos de rendimento chegaram ao menor valor médio mensal da série histórica: aluguel e arrendamento (R$ 704) e pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (R$ 286). Desta forma, a categoria “outras fontes”, que engloba, além desses, “aposentaria e pensão” (R$ 1.446) e “outros rendimentos” (R$ 451), teve média de R$ 903, atingindo o segundo valor mais baixo da série, perdendo apenas para 2012 (R$ 866).
De acordo com Alessandra Scalioni, analista da pesquisa, a mudança nos critérios de concessão do auxílio-emergencial ocorridas em 2021 é uma das principais causas da queda no rendimento de outras fontes. O único tipo de rendimento que teve tímido incremento foi o “habitualmente recebido em todos os trabalhos”, passando de R$ 2.115, para R$ 2.120. Isso explica o motivo do índice global, que mede a renda média mensal da população com rendimento considerando todas as fontes, também ter recuado no Tocantins (R$ 1.829).
Com renda
Conforme a PNAD Contínua, o percentual de tocantinenses com algum rendimento aumentou na categoria “todos os trabalhos” (de 37,5% para 39,7%), o que corrobora o aumento de ocupação no estado. Em contrapartida, houve queda no percentual das pessoas com rendimentos no conjunto das “outras fontes”, que saiu de 27,9% para 23,7%. A maior variação foi em “outros rendimentos”, que saiu de 15,6% para 11%.
Desigualdade
Entre 2020 e 2021, a desigualdade aumentou em todas as regiões, sobretudo no Norte e no Nordeste. “São regiões onde o recebimento do auxílio-emergencial atingiu maior proporção de domicílios durante a pandemia de Covid-19 e que, por isso, podem ter sido mais afetadas com as mudanças no programa ocorridas em 2021”, explicou a pesquisadora. A Região Nordeste se manteve com o maior índice de Gini em 2021 (0,556), enquanto a Região Sul apresentou o menor (0,462).
O Tocantins registrou o segundo menor índice de Gini, entre os estados da Região Norte, perdendo apenas para Rondônia (0,459). Já Roraima apresentou a maior desigualdade na distribuição de renda (0,596), não só regionalmente, mas na comparação entre todas as Unidades da Federação.
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