A Justiça revogou a prisão temporária de um empreiteiro na manhã desta sexta-feira (8). Ele estava preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas desde a última segunda-feira (4), quando a Polícia civil realizou a segunda fase da Operação Via Avaritia.
A decisão é do juiz Fabiano Gonçalves Marques. Para ele, o empresário é réu primário e portador de bons antecedentes, além de possuir endereço fixo e ocupação lícita. Deste modo, a investigação “não estará comprometida com sua liberdade”.
O advogado do empresário informou que ele deve deixar a CPP ainda nesta sexta-feira (8).
Entenda
O empreiteiro foi preso durante uma operação da Polícia Civil para combater um suposto esquema de corrupção e desvio de dinheiro público na construção de pavimentação asfáltica. Na última segunda-feira (4) foram cumpridas cinco ordens de buscas e apreensão, além da prisão temporária. Os mandados foram emitidos por duas decisões, uma de Palmas e outra de Alvorada, no sul do estado.
Conforme a investigação, o empresário seria dono de uma usina de asfalto que teria contratos com o governo estadual e vários municípios do Tocantins para construção de asfalto. Uma ordem de busca também foi cumprida no apartamento dele, em um prédio na orla de Palmas, próximo à Praia da Graciosa.
Outros três mandados de busca são contra o ex-superintendente da Secretaria de Infraestrutura, Geraldo Pereira da Silva Filho, e duas pessoas ligadas a ele: um motorista e um suposto laranja. O quinto mandado seria contra um superintendente da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto).
Essa operação estaria ligada às investigações da operação que levou à prisão temporária de Geraldo Pereira da Silva Filho, e da filha dele, em julho deste ano.
A suspeita desta vez é de que a fraude estaria na composição do asfalto aplicado, que não incluía todos os componentes exigidos no contrato, deixando o produto mais barato e sem a qualidade esperada.