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Reviravolta nas proporcionais: após perder dobradinha, Gleidy Braga deixa PT e vai para PDT junto com Kátia

Divulgação

Maria José Cotrim e Brener Nunes

A ex-secretária de estado da Cidadania e Justiça, Gleidy Braga, deixa o Partido dos Trabalhadores (PT) após décadas de militância. Antes, ela faria dobradinha com o ex-prefeito de Dianópolis, José Salomão, também petista, porém ele mudou os planos e vai concorrer a uma das vagas na Assembleia e não mais à Câmara Federal. Gleidy foi gestora da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça por quase três anos, umas das pastas estaduais com maior visibilidade. Secretaria esta nunca comandada por uma mulher. Ela deixou o cargo ainda em novembro de 2017, depois de divergir do estado sobre o modelo de gestão do sistema penitenciário.

Com a mudança de planos, Gleidy Braga vai concorrer à Assembleia Legislativa pelo PDT. Em entrevista à Gazeta do Cerrado, ela alegou que deixa o PT de forma bastante consciente.

“Confirmo minha desfiliação ao PT. Estou saindo do partido de forma bastante consciente. Conversei com algumas pessoas que me apoiam, principalmente com minha família, pois uma decisão como esta a gente precisa conversar com a família, já que tenho raízes do PT. E estou saindo do partido em função dos últimos acontecimentos”, esclarece.

Gleidy contou com exclusividade à Gazeta o motivo da desfiliação do PT. Ela explica que organizava uma dobradinha com José Salomão. “Eu tinha um candidato a deputado federal na região sudeste, que era o companheiro José Salomão. Ele trabalhou a candidatura de deputado federal por quase dois anos, e na política você sabe que não existe espaço vazio, então me coloquei à disposição do partido para a candidatura a deputada estadual.

Segundo Gleidy, ela rodou o estado conversando sobre essa pré-candidatura, para fortalecer a ideia de que é importante a renovação política, não somente na idade, mas também nos ideais, na postura e por mais espaço das mulheres na gestão pública. Foi bastante incentivada a ocupar uma cadeira na Assembleia.

“E uma junção também com aquilo que não é novo na idade, mas tem também bastante serviço prestado, como é o caso do José Salomão. Então, seria uma dobradinha para o nosso projeto de pré-candidatura muito significativa. Porém, o José Salomão, nos últimos dias, decidiu voltar atrás”, contou.

Gleidy Braga afirma que depois da desistência de Salomão à candidatura a deputado federal, optando pela de estadual, ficou difícil concorrer contra ele na mesma sigla, pois haveria a divisão de votos.

“Voltar atrás agora, numa candidatura para deputado estadual que está sendo construída no estado inteiro, porque um companheiro voltou atrás numa candidatura para deputado federal, é muito difícil. Mas minha família, que tem base no PT, foi extremamente categórica. Meu pai disse: minha filha, esse é o seu momento de testar, de ser testada nas urnas. Eu preciso ter esse teste.”, afirmou à Gazeta.

Sobre o PDT, Gleidy diz que foi muito bem recebi pela legenda e seus dirigentes. “Os dirigentes do PDT me receberam com o maior carinho. Estou me sentindo muito à vontade no partido, muito à vontade em apoiar a candidatura da senadora Katia Abreu, e quero ajudar da mesma forma que contribui, como outros companheiros contribuíram para a construção do PT no estado do Tocantins. Quero também estar mesma disposição política. Eu vou me dedicar também para o fortalecimento do PDT no Tocantins. Sou tocantinense, amo meu estado e quero ver ele crescer”, destaca.

“Eu vejo com bons olhos, a chapa que a senadora Katia Abreu está montando. Não tem ninguém com mandato, pois todas as pessoas que estão lá estão disputando na condição de igualdade. E vejo com possibilidades reais de chegar na Assembleia legislativa no ano que vem”, revela um pouco sobre as articulações da nova chapa.

 

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