Lucas Eurilio
O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) decidiu por unanimidade nesta terça-feira, 25, que o empresário Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, conhecido como Duda Pereira vai Júri Popular pelo assassinato de Wenceslau Leobas, o Vencin, em Porto Nacional.
A decisão foi confirmada pelo Gazeta do Cerrado com o TJ nesta tarde.
O crime aconteceu em 28 de janeiro de 2016 quando Wenceslau estava saindo de casa.
No dia do assassinato, Alan Sales Borges e José Marcos Lima estacionaram o carro próximo da Câmara de Vereadores. Após descer do veículo, Alan foi até a vítima, fez os disparos, jogou a arma no chão e correu para encontrar o comparsa. Ambos foram presos em flagrante pelo crime durante uma tentativa de fuga.
Conforme as investigações, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) apurou que os criminosos receberiam do então presidente do Sindiposto, Duda Pereira, R$ 350 mil, sendo que R$ 33 mil já haviam sido pagos. Ele é acusado de encomendar a morte da vítima.
As investigações apontam ainda que Wenceslau pretendia abrir um posto de combustível em Palmas com preços abaixo dos praticados pelos postos da Capital, o que segundo o órgão, pode ter motivado o homicídio.
O MPTO disse ainda que Duda procurou ainda a vítima para propor um esquema de “alinhamento de preços” para anular a concorrência e aumentar a margem de lucro, mas Wenceslau teria rejeitado a proposta.
Após começar a implantar o posto de combustível às margens da TO-050, a vítima começou a receber ameaças. O estabelecimento possuia na época licença prévia e de instalação de projeto de combate a incêndios.
Na decisão, o desembargador e relator Eurípedes Lamounier disse durante seu voto que “embora não exista prova cabal da autoria intelectual do crime, conta nos autos a existência de indícios que Duda Pereira pode ser o mandante do crime”.
A defesa do empresário vai recorrer da decisão.