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Revoltado, Amastha chora após áudio, se revolta com postura de delegado e quer federalização de investigação: “hoje consigo erguer minha cabeça”

Maju Cotrim

Na tarde desta quarta-feira, 20, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (Sinpol) realizou uma coletiva de imprensa sobre a Operação Caninana, que resultou na denúncia de dois delegados e cinco policiais por suspeita de integrarem um suposto grupo de extermínio que seria responsável por cinco mortes que aconteceram em 2020.

Conforme o advogado do sindicato, Antônio Ianowich Filho, há um áudio de 2018 em que o delegado Guilherme Rocha pede que um dos agentes falsifique um flagrante policial. “Um áudio que identifica perfeitamente a voz, que já periciado, e o perito conclui que não houve edições, e é íntegro. Ele pede que neste flagrante forjado, o policial coloque santinhos políticos com o intuito de incriminar um político do Tocantins. E o policial se nega. Todos eles agem durante sua vida de maneira correta”, diz Antônio. O áudio e de 2016.

O advogado afirma que há um projeto para derrubar certos políticos. “Não há dúvidas que também existe uma guerra entre facções criminosas. Existem muitas falácias que foram divulgadas à imprensa. Os fatos não justificam as prisões.

Amastha indignado

O ex prefeito de Palmas, Carlos Amastha fez uma coletiva na qual se manifestou sobre o assunto. Ele estava ao lado de Tiago Andrino e do ex juiz, Márlon Reis. Amastha chorou e disse que toda sua família também se emocionou.

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“Sempre disse e repito: nunca por uma conta minha passou um centavo de dinheiro público”, disse.

Sobre o áudio ele disse que o objetivo era claro de criar algo para prender ele e o Tiago Andrino. “Se cria um instrumento com as instituições do Estado para que eu não chegasse ao governo do Tocantins e deu certo”, disse.

Amastha disse ainda que por várias vezes houve tentativa de grampo telefônico. “Estou dormindo há uma semana com
Remédio”, pontuou.

“Nunca erramos de má fé”, disse sobre sua gestão.

Ele falou do filiado do PSB, Felipe Rocha, que é irmão do delegado, teria falado várias vezes que o irmão iria fazer algo contra ele.

“Deus é grande, prevalece a verdade, hoje consigo erguer minha cabeça porque nunca vão cobrar nada que fiz de errado”, disse.

Ele pediu que os delegados sejam afastados e que a Corregedoria apure. “Esse povo tinha que ser preso”.

“Perdi tantos apoios e tanta gente que começaram a duvidar de nossa honestidade e integridade”, relembrou Amastha. O jurídico dele vai pedir a federalização da investigação.

Assista aqui vídeo da coletiva.

Post enigmático mais cedo

Amastha fez post enigmático nesta quarta-feira, 20. “NÃO temo pela minha vida. Não sou covarde. As 16:00 vamos revelar a maior fraude política eleitoral e de uso das instituições por mesquinharias pessoais ,da história do Brasil. Nunca vão nos calar”, disse.

Ouça o áudio:

Suposto áudio do delegado Guilherme Rocha by Brener Nunes

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