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Sabatina por vaga no TCU: Kátia se emociona ao contar desafios da sua trajetória e defende interlocução: “quero lutar com bravura pela eficiência do Estado Brasileiro”

Maju Cotrim

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal sabatina, nesta terça-feira (14), três senadores que concorrem a uma vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).

Estão na disputa Kátia Abreu (PP-TO), Fernando Bezerra (MDB-PE), o atual líder do governo na Casa, e Antonio Anastasia (PSD-MG).

A vaga foi aberta com a nomeação de Raimundo Carreiro para embaixador do Brasil em Portugal. A disputa pela vaga é a mais acirrada dos últimos anos. Desde 2008, quando houve votação, as indicações do Senado ao tribunal têm sido decididas por acordo.

Na exposição de motivos pelos quais deve ser a escolhida Kátia falou de sua trajetória e outros aspectos.

Ela disse que durante tantos membros da Comissão escolheu como relator Oriovisto: “uma pessoa que tem espírito público”, elogiou.

“Espero que os senador façam a melhor escolha para o país”, disse.

Ela agradeceu sua mãe, Dona Veroca, que também estava presente. A senadora disse que foi criada num ambiente de lutas e desafios. Todos os sete irmãos dela estavam presentes também.

“Fui atropelada pela vida com relação aos estudos e uma carreira na vida”, disse. “Aprendi a lutar espelhado na Dona Veroca, ela fez de tudo só não deu mau exemplo para seus filhos”, disse.

Ela lembrou que dirigiu uma escola aos 17 anos mesmo sem formação técnica na época. Ela contou as dificuldades para conseguir se formar em psicologia e relembra quando ficou viúva.

“Deus impôs a minha vida inteira luta”, disse.

“Eu não sabia a diferença de um boi e de uma vaca”, disse ao contar as dificuldades que passou ao ter que assumir os negócios da família. “Mas eu venci”.

“Nunca imaginei política na minha vida”, conta.

Ele lembra quando venceu as eleições para o sindicato rural de Gurupi. “Nunca mais vacilei nem tibutiei”, conta.

“Por onde passei administrei milhões e bilhões e graças a Deus não tenho nenhum processo que duvide da minha idoneidade”, disse.

“Deus fez com que eu fizesse do limão uma limonada com ninha vida”, disse.

“Dos 81 senadores todos tem condições de pleitear uma vaga, não estou aqui por ser melhor apenas uma oportunidade e um desejo surgiu”, disse.

“A experiência vale muito e bastante “, comentou.

Ministério

Kátia, que já foi ministra da agricultura e presidente da CNA, disse ter orgulho de representar o setor produtivo. Ela afirmou que em 90 dias como ministra mandou automatizar o ministério. “Tínhamos um ministério de papel”, pontuou.

Ela falou ainda de algumas ações no ministério como no mercado de carne.

TCU

Katia elogiou os servidores do TCu e disse que quer levar para lá fortalecimento da relação com o Congresso.”não somos inimigos, somos parceiros”, pontuou.

Ela disse que há meses já está aprendendo tudo sobre o funcionamento do órgão. “Quero estar sempre preparada, se meus colegas não me escolherem eu não perdi, eu ganhei porque estou por dentro de como funciona o tribunal”, pontuou.

Outra interlocução que ela defendeu é com o judiciário. “Precisa e de articulação e isso modestamente e o que eu sei fazer, articular, conversar, debater, encontrar soluções”, disse.

Ela encerrou dizendo: “além de ser interlocutora e esta pessoa obstinada e detalhista eu quero lutar com bravura pela eficiência do Estado Brasileiro”, disse.

“Não quero ir para o TCu para me aposentar”, disse.

Presentes

O ex senador Vicentinho Alves e o deputado federal Vicentinho Júnior acompanharam a sessão assim como o filho dela, o senador Iraja. Carlos Amastha também prestigiou.

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