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Saiba como conhecer 7 países se hospedando em apenas um hotel

Divulgação

Eu adoro ouvir sobre as viagens de conhecidos próximos antes de planejar a minha, principalmente se eles tem a mesma faixa etária e gostos parecidos, todas as dicas podem ser valiosas, principalmente a percepção real sobre os lugares. Em conversa com um casal de amigos, eles falaram sobre a experiência de conhecer os países do Mar Báltico em um navio de cruzeiro, como as cidades/portos de escala do navio eram bacanas e como foi fácil a logística da viagem, sem precisar agendar vários hotéis e voos em cada cidade. Pois bem, inspirados por esse casal de amigos, em Maio/2015 eu e o namorado decidimos aproveitar as dicas e fazer o mesmo cruzeiro para conhecer os países do Mar Báltico.

Como escolher seu navio?

Um bom começo para quem não conhece esse mundo é o site Cruise Critic que funciona como se fosse um TripAdvisor de cruzeiros, lá tem informações sobre todas as empresas, quais são os roteiros que cada uma faz, explicações sobre cada navio, informações sobre destinos, portos, fotos  e críticas dos passageiros. Inclusive todo ano o site divulga um ranking de navios em diversas categorias como melhor cabine, melhor jantar, melhor para famílias, melhores excursões, enfim informação é o que não falta por lá.

Escolhemos a Celebrity Cruises para fazer nossa viagem, considerada um braço de luxo da conhecida Royal Caribbean International, desde 1997 pertence a marca. Muitos brasileiros nunca ouviram falar da empresa pois os navios da Celebrity não vem para o Brasil, mas passam pertinho com roteiros para a Argentina e Chile, além claro da Europa, Caribe, EUA e Canadá e tb para a Ásia. De 5 navios de grande porte premiados na categoria “melhor em tudo” de 2017 pelo Cruise Critic,  4 são da Celebrity, por aí já dá para entender a excelência da empresa.

Celebrity Eclipse atracado em Estocolmo

Como planejar sua viagem?

Os países com costa no mar Báltico são: Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha, os roteiros dos cruzeiros alternam entre esses países para compor a viagem, os portos de origem mais comuns são Amsterdã e Southhampton (sul da Inglaterra). Como tínhamos limitações de datas devido as férias do trabalho, conseguimos encontrar um roteiro que incluía os países que mais gostaríamos de visitar, na data proposta da nossa viagem. O Celebrity Eclipse percorreu o roteiro abaixo:

Eu recomendo chegar pelo menos 1 dia antes no país de saída do cruzeiro para não correr risco de atrasos ou imprevistos e perder o embarque. Já a volta, eu fiquei com medo de algum atraso e reservei o voo só para o dia seguinte da chegada do navio, mas pelo que vi, é possível sim viajar no mesmo dia, inclusive se avisado para a tripulação, há prioridade no desembarque.

Qual moeda levar?

A moeda oficial do navio é o dólar americano, portanto caso queira comprar bebidas ou participar de atividades pagas, leve dinheiro ou então o cartão de crédito tb é aceito. Já nos portos de escala do cruzeiro, cada um tinha uma moeda diferente, levamos euros, que foi aceito por taxistas e alguns estabelecimentos, mas o cartão acabou sendo o principal meio de pagamento. Já na Inglaterra, não teve jeito: tb levamos libras na carteira.

Como conhecer os portos?

O que achei muito interessante dentro do navio foi que toda noite antes do jantar, tínhamos uma “palestra” sobre a cidade a ser visitada no dia seguinte. Durante cerca de 45min, o apresentador falava sobre os principais pontos turísticos, dava dicas de como se deslocar do porto para a cidade (dependendo do lugar o navio oferecia transfer por preços razoáveis ou então recebíamos dicas de como pegar ônibus ou uma ideia do preço do táxi), falava sobre a conversão do câmbio para a principais moedas e tb recebíamos um mapinha do centro da cidade.

Para todos os destinos, os navios sempre oferecem excursões que podem ser pagas durante a reserva do seu cruzeiro ou no dia anterior a atracar naquele porto. Sem dúvida é uma opção bem comoda, mas talvez não a mais barata, ainda mais que todas são pagas em dólar (moeda oficial do navio). De qualquer forma, as excursões podem ser tb uma boa sugestão de roteiro do que fazer em cada cidade, é possível acessar o conteúdo de cada uma no próprio site da cia de cruzeiros escolhida.

Pôr do sol com o navio partindo em Warnemunde, Alemanha

É possível “alterar” o roteiro do navio?

O principal motivo de teremos escolhido o roteiro do Celebrity Eclipse foi pq ele ficava atracado 2 dias em São Petersburgo na Russia. E já que estávamos por lá, pq não conhecer Moscou? O navio oferecia uma excursão até a cidade, porém, ela partia no dia que o navio atracava e só voltava no dia seguinte a tempo de embarcar, ou seja, não daria tempo de visitar São Petersburgo.

A partir daí que começou nossa ideia maluca de passar o primeiro dia em  São Petersburgo e no dia seguinte embarcar para Moscou. Como o navio partia as 18hs, era impossível fazer um bate volta, portanto nossa sugestão era de como no terceiro dia era só de navegação, aproveitaríamos esse dia em Moscou e no quarto dia encontraríamos o navio de volta no próximo destino que era a Lituânia. O plano parecia bom, mas dava pra fazer isso?

Bom, depois de diversos e-mails enviados para a Celebrity, ligações para o headquarter em Miami, e até dicas do grupo de discussão do Cruise Critic, conseguímos um veredito: um e-mail nos autorizando a sair do navio na Russia e só voltar na Lituânia!

Já embarcados, no dia anterior a nossa “escapada” do navio, informarmos o pessoal da recepção sobre o plano e eles foram pegos um pouco de surpresa no assunto. Sorte que tínhamos a cartinha da Celebrity autorizando tudo, depois de umas ligações, eles nos instruíram a marcar um ponto de encontro com um funcionário para desembarque do navio, ele nos acompanhou na alfândega para explicar o processo e autorizar nossa saída, e tudo ocorreu perfeitamente bem. Portanto, esse tipo de alteração no roteiro, de “perder” um embarque no navio, não é algo comum, mas conseguimos fazer, só depois de ter corrido bastante atrás.

Enfim, Moscou!

Vale a pena?

Sem duvida que existem muitos prós e contras de uma viagem de navio, os horários limitados, destinos pré definidos e o fato de não poder pernoitar nas cidades, sem duvida não ajuda a escolher esse tipo de transporte. Para mim, a melhor experiência com o navio, foi na verdade estar fora dele. Conhecer 7 países diferentes e distantes, “dormir na Dinamarca e acordar na Suécia”, sem a necessidade de fazer mala, pegar avião, trem, o que for. É muito prático! Era uma delicia voltar para o navio todo fim de tarde, sabendo que tinha um quarto todo arrumado com minhas roupas no armário, cremes no banheiro, um jantar excelente me esperando e no dia seguinte seria tudo diferente.

É claro, o que ajudou foram os destinos, cidades pequenas, que realmente eram possíveis de se conhecer em um período curto. Jamais faria um cruzeiro até Barcelona, por exemplo, essa é uma cidade que necessita de pelo menos 4 dias para cobrir os principais pontos turísticos.

Nota 1: Meus pais fizeram um roteiro parecido com esse em 2016 porém sem o cruzeiro. Eles passaram por Dinamarca, Suécia, Finlândia e Noruega, fazendo o trajeto de ferry, trem, avião e carro, a visão deles foi que a viagem foi bem cansativa, justamente pq ficaram poucos dias em cada cidade, e necessitaram de muitos deslocamentos, mal dava para desarrumar a mala, já precisavam partir para o próximo destino.

Nota 2: Em Dez/17 partirei para minha 2ª experiência em cruzeiro, dessa vez pelo Caribe!

Fonte: Trips By Pritz

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