Ícone do site Gazeta do Cerrado

Salário errado! Prefeitura erra na folha e paga R$ 7,5 mil a gari que é demitido após episódio

Equipe Gazeta do Cerrado

Um erro na digitação de horas extras do ex-servidor Deusdete Santiago dos Santos de Porto Nacional fez com que ele recebesse erroneamente o valor de de R$ 7.559,85, referente ao mês de julho de 2019.

O gari não sabe ler nem escrever e comprou tijolos com o dinheiro que caiu na conta. Ele alega ter sido demitido após o erro no salário e não aceitou pagar R$ 500 por mês pois diz não ter condições. Ele ganhava um salário mínimo.


O caso mobiliza a população do distrito

A Gazeta do Cerrado falou com a esposa do Servidor, Maria das Graças mendes de Oliveira, que informou que Deusdete em nenhum momento pediu demissão. E que a prefeitura fez uma proposta para ele de pagar o valor recebido a mais em parcelas no valor de R$ 500,00.


Segundo Maria das Graças, o gari está disposto a pagar o valor, mas, que a parcela proposta pela prefeitura não cabe no orçamento da família. “Ele ganha um salário mínimo, se descontar 500,00 ainda, nós ficaríamos com mais ou menos 200,00 para alimentação e pagamento da luz. Hoje estamos até sem gás”, disse ela.

Ele está disposto a trabalhar para pagar o valor, mas com uma parcela que seja possível para ele.

Publicidade

Veja as explicações da prefeitura de Porto sobre o assunto:

NOTA

A Prefeitura de Porto Nacional informa que, por erro na digitação de horas extras do ex-servidor Deusdete Santiago dos Santos, o valor total recebido veio alterado, ou seja, a mais, um valor de R$ 7.559,85, referente ao mês de julho de 2019.

Depois de detectar o erro, a Prefeitura formou uma equipe técnica – composta por advogado, contador, e assessores administrativos, que discutiram o assunto com o senhor Deusdete Santiago, mas sem sucesso.

O ex-servidor disse que não sabia ler e não percebeu que havia recebido o valor a mais. Ele disse também que já utilizou todo o dinheiro e não tem como pagar, mesmo a Prefeitura propondo debitar de seu pagamento a quantia de R$ 500,00 por mês, até findar a dívida.

O senhor Deusdete foi advertido que a não devolução do dinheiro seria um crime tipificado, e que, posteriormente, seria feita a denúncia e abertura de processo criminal e administrativo em desfavor do mesmo.

Um dia depois do acontecido, o então servidor Deusdete Santiago pediu demissão do executivo municipal.

A Prefeitura tem todos os documentos que comprovam o desligamento do servidor, porque não aceitou assinar nem mesmo seu pedido de demissão.

 

 

Sair da versão mobile