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Saúde mental do brasileiro não está boa, falta educação emocional, diz psicólogo

Pessoa com possível depressão – Foto – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Janeiro é o mês da conscientização dos cuidados com a saúde mental e emocional, com a campanha conhecida como Janeiro Branco, criada pelo psicólogo Leonardo Abrahão, em 2014.

Em entrevista ele explicou que a iniciativa é importante para chamar a atenção para o assunto.

“A gente tem que pensar de maneira multidimensional, saúde do brasileiro não está legal, é fato”, disse.

Ele lembra que a Organização Mundial da Saúde tem dados validados dizendo que o Brasil é a população com “mais ansiedade do mundo”, além de estar entre os cinco povos das Américas mais deprimidos.

As explicações, de acordo com o psicólogo, passam por uma série de motivos.

Leonardo acredita que “nunca houve educação emocional e sentimental” e isso gera “um analfabetismo emocional”, para reconhecer os conceitos como o que é felicidade sincera.

Somado a isso, a “sociedade brasileira é uma das mais injustas e desiguais do mundo”, o que gera uma pressão extra na população no geral.

O psicólogo vê falta de “psicoeducação” e de um projeto de levar informação para as pessoas, “que é o que o Janeiro Branco busca fazer.”

Ele avalia que esses dois fatores são capazes de fazer com que as pessoas observem sinais e busquem alternativas para aliviar a saúde mental.

“Cada pessoa tem um ritmo, biotipo, quantidade de horas de sono necessária para ser funcional, relação com alimentos, bebidas, sexo, religião, todas as circunstâncias da vida”, ponderou.

O que serve para todo mundo, segundo ele, é “tentar buscar mecanismos”, que podem ser práticas terapêuticas, culinária, jardinagem, meditação, desenho, artes, e, se não for suficiente, psicólogos e assistentes sociais para prestar atendimento profissional.

Fonte – CNN Brasil

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