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“Se motoristas da Uber pararem, Palmas trava”, dizem manifestantes sobre paralisação dos serviços

Uber (Divulgação/Uber)

Vivian Lehnen – Gazeta do Cerrado
Subedição – Lucas Eurilio

Matéria atualizada em 08/05/2019 às 18h43

Está sendo realizada nesta quarta-feira, 8, a paralisação dos motoristas do aplicativo Uber em Palmas. A manifestação é internacional e acontece também em várias outras cidades, países da Europa e EUA. Segundo a organização, cerca de 30 pessoas participaram do protesto.

Os condutores planejam paralisar os serviços por pelo menos 12 horas e buscam através desta movimentação, algumas mudanças no modelo de trabalho oferecido pela empresa.

As principais reivindicações do grupo se concentram no reajuste no valor da corrida “que sejam repensadas as medidas de segurança tanto para os motoristas como para os passageiros” e também melhorias nas condições de trabalho,  além de buscarem mais autonomia ao exercer a profissão.

O trabalho de motorista do aplicativo é, para muitos, a única fonte de renda familiar, portanto eles dependem exclusivamente deste trabalho.

Neilton Saraiva, motorista há 2 anos, é um destes funcionários que “trabalho para me manter, estudar, pagar o carro, aluguel e é do aplicativo que tiro o sustento”. disse à Gazeta.

Saraiva considera imprescindível que ocorram mudanças e melhorias.

Para o o motorista Denis Camilo, a principal reivindicação gira em torno do valor da corrida. “Tem que rever a taxa que o aplicativo cobra da gente, o valor da corrida em si e, principalmente, a segurança do motorista”. Além destas, as reivindicações também se estendem à prefeitura.

Denis comenta ainda que “trabalhamos em um serviço privado, só que a prefeitura encara como um serviço público. A gente tem as mesmas obrigações que os taxistas e alguns impostos até maiores, mas temos menos benefícios”.

Inicialmente, o grupo espera que as taxas (como valor de vistoria, taxa mensal) sejam igualadas entre o serviço público e o privado, que a cobrança por quilômetro rodado seja extinta e também espera que o trabalho seja mais valorizado, tanto por parte da empresa quanto da prefeitura.

O outro lado

A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Prefeitura de Palmas. Em nota o órgão ressalta que a empresa Uber continua operando de forma ilegal, apesar de ter contatado a Prefeitura. Por tais motivos, a Agência de Regulação de Palmas (ARP) tem multado, de forma reiterada, a empresa que opera por meio de Plataforma Tecnológica (OPT).

Esclarecemos ainda que as exigências para que empresas de transporte de passageiros por meio de plataforma tecnológica atuem na cidade são: cadastro junto à ARP, curso de formação para motoristas, veículos com, no máximo, 07 anos de uso, dentre outros, com a finalidade de garantir um serviço de qualidade e seguro aos cidadãos palmenses.

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