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Secretário de Carlesse aponta dívida de R$ 138 milhões na Saúde, traça cenário de caos e estuda novos cortes

Jornalista Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

O secretário Estadual de Saúde, Renato Jayme convocou a imprensa para uma coletiva nesta segunda-feira, 30, quando falou das dívidas da pasta.

Ele começou dizendo que estão completando 10 dias desde o retorno do governador interino, Mauro Carlesse. “Encontramos a Saúde num estado preocupante, com sérios problemas, principalmente na parte de funcionamento e abastecimento. Uma dívida de R$ 138 milhões. Ela cresceu muito nos últimos cinco anos”, afirmou.

“Esse cenário teve origem da falta de prioridade na Saúde nos anos anteriores”, destacou.

Ele conta que existia um planejamento na área técnica da pasta, mas devido à falta de prioridade, nenhum foi aplicado. “Vimos uma falta de repasse da Saúde para os municípios. As prefeituras tem um crédito com a secretaria, e essa dívida não foi paga. Também falta leitos e equipamentos em unidades pelo estado”, disse.

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“Seria necessário R$ 437 milhões anualmente para manter todos os serviços da Saúde com eficiência. Mas apenas R$ 153 milhões aprovados na lei orçamentária. E ainda temos R$ 183 milhões de dívidas com fornecedores”, esclareceu Jayme.

Renato afirma que ele e a equipe trabalham dia e noite para reverter o caso. “A Saúde está numa situação muito difícil. Alguns ajustes feitos, são para melhorar a Saúde lá na ponta, nos hospitais, onde a Saúde acontece”, frisou.

Segundo o secretário, o orçamento da pasta era R$ 437 milhões e caiu R$ 156 milhões. “Há um bloqueio judicial na secretaria. Vai ser um custo bem maior. Fizemos um ajuste, tiveram alguns desligamentos de servidores, para equilibrar o orçamento. Aquele profissional que não tem compromisso, não precisamos dele. Cortamos em torno de 10%. E estamos fazemos um novo estudo. A Saúde não pode parar”, contau.

Renato citou o caso de um município, que havia duas ambulâncias e 18 motoristas. Assunto já foi falado por alguns deputados na última semana.

Hospitais

O HGP atende pacientes dos municípios de todo o Estado e dos vizinhos, o que acaba sobrecarregando a unidade, reforçou o secretário. “A falta de recursos do município, joga uma sobrecarga para as unidades estaduais. Ainda não traçamos uma estratégia para isso”, contou.

Sobre o empréstimo aprovado na Assembleia Legislativa, a secretaria destaca que são R$ 50 milhões para o HGP, o mesmo valor também para o Hospital de Araguaína e R$ 5 milhões para a conclusão da reforma do hospital de Augustinópolis.

Sobre o impasse com os anestesistas para o mutirão de cirurgias: “teremos que criar um cronograma financeiro essencial. O Estado tem uma dívida de R$ 9 milhões com a cooperativa”, contou.

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