Maria José Cotrim
Foi um segundo turno com eleitor desestimulado. Além dos apoiadores políticos e da militância ligada aos candidatos, a população em geral demonstrou não estar a fim de votar. Uns por desilusão geral com o cenário e outros até mesmo incentivados por candidatos que não venceram no primeiro turno.
Sim, nenhum candidato que disputou o primeiro turno quis apoiar nem Mauro Carlesse nem Vicentinho Alves. E teve até quem incitasse a população a votar nulo.
Foi uma campanha amena, com pouca movimentação dos candidatos nas cidades e quase sem agenda nos primeiros dias. O que reinou mesmo foram as acusações contra Mauro Carlesse e o governo estadual com suspeitas de uso da máquina e até de servidores. Deu até Polícia Federal no Palácio e outros órgãos mas os eleitores vão às urnas hoje sem saber o resultado disso. A gestão nega é claro e atribui ao adversário a ” fome” de derrubar sua candidatura.
Mas foi também o segundo turno dos factoides. De muita informação inverídica rodando nos grupos e usadas de acordo com os interesses de cada grupo. Foi a campanha que o candidato Vicentinho Alves desafiou Carlesse para o debate cara a cara e chegou a prometer que não ia perguntar sobre seu passado mas…Carlesse não quis protagonizar mais um momento de troca de farpas, desta vez ao vivo.
Foi o segundo turno em que pela primeira vez um candidato se autodeclarou negro e fez um apelo com base nisso para ser eleito. Teve gente que estranhou isso é claro, afinal quantos políticos negam suas origens e sua cor neste Estado?
Foi a campanha também da cautela do lado de Carlesse na parte política…foi chegando gente demais e o barco lotou precisando de muito jogo de cintura na acomodação.
Além do Kit Carlesse, apresentado pelo adversário contra a gripe para provoca li a ir no debate na TV, teve o “óleo peroba” que Carlesse disse que Vicentinho usa….pois é!
De um lado eram várias matérias por dia acusando, suspeitando e criticando…as propostas chegaram mais pelo final da campanha.
O resultado das urnas hoje não acaba com o round já que segundo a Gazeta apurou, caso Carlesse confirme o favoritismo das pesquisas e ganhe, talvez amanhã mesmo já será alvo de uma ação de investigação eleitoral.
É Tocantins…. Em outubro tem mais!