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Sem nomes, Manifesto em apoio a Bolsonaro teria apoio de 80% dos prefeitos do Tocantins

O candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, recebeu no início da tarde desta 3ª feira manifesto de apoio de 3.639 prefeitos –o equivalente a 65% de todos os 5.569 alcaides brasileiros.

A íntegra do manifesto (leia aqui) chama a atenção por fazer uma referência a “prefeitos e prefeitas“, dentro da estratégia de usar um discurso mais favorável diante do público feminino.

Em seguida, o texto do manifesto fala de uma “mobilização” que “engaja democraticamente gestores municipais”. De novo, uma referência à democracia e à espontaneidade da ação. É também 1 esforço para vender uma imagem mais politicamente correta no entorno da campanha bolsonarista.

Na lista que mostra os apoios por Estado consta que dos 139 prefeitos do Tocantins, 111 teriam dito que apoiam Bolsonaro. Abertamente porém, poucos gestores revelam quem apóia.

No Manifesto que Bolsonaro recebeu não há nem o nome dos gestores nem quais Municipios.

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Dentre os gestores das maiores cidades no Estado, por exemplo, todos disseram à Gazeta que estão neutros e não apoiam nenhum dos dois candidatos. A prefeita Cinthia Ribeiro de Palmas e Laurez Moreira de Gurupi são exemplos deste caso.

Toda a operação de apoios políticos é comandada por Onyx Lorenzoni, o homem forte do bolsonarismo. Deputado federal de 64 anos, reeleito pelo DEM do Rio Grande do Sul, Onyx já está pré-nomeado para a Casa Civil em caso de vitória do militar. Foi o único político a aparecer na propaganda de TV de Bolsonaro nesta fase final –dizendo que vai ressuscitar a lei sobre 10 medidas contra a corrupção, do Ministério Público.

Ao amarrar o apoio explícito de 65% dos prefeitos brasileiros, Bolsonaro mostra que sua base política tem grande capilaridade –e poderá ser assim nos primeiros meses de seu eventual governo.

O manifesto dos prefeitos também tem relevância nesta fase final da campanha, em que o militar pode obter 1 número recorde de votos numa eleição presidencial (hoje, a marca é de Lula, com 61,27% dos votos válidos no 2º turno de 2002).

Por fim, Bolsonaro continua a receber os apoios das chamadas frentes parlamentares, que reúnem congressistas em torno de causas comuns. Já teve declarações a seu favor das frentes de evangélicos e de ruralistas. Nesta 3ª feira, foi a vez de receber os deputados e senadores ligados à área de segurança –também conhecida como “bancada da bala”. Segundo apurou o Poder360, pelo menos 27 congressistas foram até a residência do candidato do PSL na hora do almoço.

(Fonte: Poder 360)

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