_Já aprovada na Câmara, proposta remaneja recursos e se torna esperança para o pagamento do novo Piso da Enfermagem_
O Senado aprovou, nesta terça-feira, 25 de outubro, por unanimidade, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 7/22, de autoria do deputado federal Tiago Dimas (Podemos-TO), que direciona R$ 25 bilhões para o custeio da saúde pública de estados e municípios e outros R$ 2 bilhões para Santas Casas e Hospitais filantrópicos com serviços prestados ao SUS (Sistema Único de Saúde). A proposta já havia sido aprovada na Câmara por ampla maioria – placar de 383 a 3 – no início do mês.
Agora, a matéria vai à sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Os recursos já estão distribuídos em fundos de saúde, mas sem a aprovação do projeto não podem ser utilizados para despesas em geral, pois são de fim especifico (verba carimbada). Agora, quando o projeto virar lei, o dinheiro poderá ser remanejado e utilizado para qualquer fim voltado à saúde pública. Assim, o projeto de Tiago Dimas abre caminho e se torna uma esperança para que os recursos possam bancar o investimento necessário para a implementação do novo Piso Salarial Nacional da Enfermagem.
“Isso é uma das formas de solução que estamos buscando para tornar o piso uma realidade. Passada a luta pela aprovação, esse projeto marca o início da tão sonhada concretização. Buscar orçamento para isso é fundamental e é o que estamos fazendo.”, ressaltou o parlamentar quando o projeto foi aprovado na Câmara.
*Beneficiados diretamente*
No Tocantins, praticamente todos os municípios do Estado serão beneficiados, além dos hospitais filantrópicos, como o Hospital e Maternidade Dom Orione. Além disso, o projeto inaugura espaço orçamentário para custear investimentos com o pagamento do novo Piso Nacional da Enfermagem.
Os recursos serão originados de saldos de repasses da União constantes dos fundos de saúde e de assistência social de estados, Distrito Federal e municípios, que poderão ser utilizados até o final de 2023.
“Esta é a marca do meu mandato: trabalho sério, foco em resultados e responsabilidade fiscal”, destaca Tiago Dimas.
*Detalhes do projeto*
O projeto autoriza que gestores municipais e estaduais tenham autonomia para definir sua prioridade alocativa no setor da saúde, podendo até mesmo destinar estas verbas para o piso salarial da enfermagem. O texto tem aval do Ministério da Economia e respeitará o teto de gastos.
Esta medida faz parte de uma concentração de esforços para encontrar fontes de compensação para o piso da enfermagem, conferindo segurança jurídica e orçamentária aos gestores públicos e também ao setor privado sem fins lucrativos. _(Com informações da Agência Câmara)_