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Senado aprova socorro financeiro de cerca de R$ 300 milhões para o Tocantins: “ajuda efetiva”

Maju Cotrim

 

O Senado aprovou em sessão extraordinária que se alongou por horas o projeto de lei de socorro financeiro aos estados. O Tocantins, conforme a Gazeta apurou, deve receber cerca de R$ 300 milhões para reforço financeiro.

O senador Tocantinense e líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes comentou a votação. “O governo deu uma demonstração de compreensão, entendimento, responsabilidade e ajuda efetiva aos estados e para o Tocantins foi possível encontrar a melhor adequação num recurso de R$ 300 milhões sabendo que as maiores cidades, Palmas, Araguaína e Gurupi vão também receber reforço e todos os 139 Municipios. É um dia de um passo a mais na recuperação das finanças dos estados e municípios para que isso seja sustentação para todo esforço que está sendo feito na área da saúde para garantir tratamento e a vida aos irmãos tocantinenses. O Senado deu um passo muito forte para a recuperação, tenho certeza que a Câmara vai concluir este texto e na próxima semana este texto vai estar em vigor”, comentou o senador em entrevista á Gazeta do Cerrado.

O Senado Federal aprovou neste sábado (2), em sessão remota, o projeto de lei que estabelece uma ajuda financeira emergencial a estados e municípios durante a pandemia do novo coronavírus.

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O pacote de medidas terá um custo estimado de cerca de R$ 120 bilhões para a União.
O texto foi aprovado, após cerca de seis horas de sessão, por 79 votos a 1. Dos 81 senadores, apenas Randolfe Rodrigues (Rede-AP) votou contra. O senador Weverton (PDT-MA) presidiu a sessão e, por isso, não votou.

O projeto já havia passado pela Câmara dos Deputados, mas, como sofreu modificações, precisará ser reanalisado pelos deputados.
O objetivo da proposta é reduzir os efeitos da queda de arrecadação de impostos de estados e municípios em razão das medidas de combate ao avanço da doença, como o fechamento de comércios e empresas.

O texto condiciona a liberação de recursos aos governos locais ao congelamento do salário de servidores públicos até 31 de dezembro de 2021.
A única exceção será para os servidores civis e militares dos estados, do Distrito Federal e municipais das áreas de saúde e de segurança pública, além dos integrantes das Forças Armadas, diretamente envolvidos no combate à pandemia
A liberação do reajuste salarial a esses profissionais atendeu ao apelo de diversos partidos e foi feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também é o relator da matéria.

Segundo Alcolumbre, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, concluída a votação no Senado, o projeto será colocado em votação pelos deputados na segunda-feira (4), sem novas alterações.

Caso os deputados aprovem o texto, sem mais modificações, o projeto segue para a sanção pelo presidente da República, Jair Bolsonar.

O que diz o texto

O programa estabelece:
R$ 60 bilhões de repasses da União a estados e municípios para financiar ações de enfrentamento ao coronavírus;

R$ 49 bilhões de economia com a suspensão do pagamento de dívidas com a União e bancos, como BNDES e Caixa;

R$ 10,6 bilhões de economia potencial com a renegociação de contratos com organismos internacionais;

medidas adicionais de simplificação da gestão orçamentária e contratual para enfrentamento à pandemia.

Critérios de divisão do dinheiro

O projeto estabelece que, dos R$ 60 bilhões previstos para estados e municípios, R$ 10 bilhões sejam destinados a ações na área da saúde e assistência social:

R$ 7 bilhões serão repassado aos estados. O critério de divisão será uma fórmula que considera taxa de incidência da Covid-2019 (40% de peso) e população (60% de peso);

R$ 3 bilhões aos municípios. O critério de distribuição será o tamanho da população.
A proposta inicialmente determinava que os outros R$ 50 bilhões seriam entregues metade para estados e ao Distrito Federal, metade para os municípios.

No entanto, durante a votação, os senadores decidiram mudar o percentual de distribuição, deixando 60% com os estados (R$ 30 bilhões) e 40% com os municípios (R$ 20 bilhões).

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