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Séries imperdíveis: das mais recentes às próximas estreias

(Reprodução/Hulu)

Barcos presos no gelo do Ártico, super-heróis num universo psicodélico e aventuras espaciais em família se misturam com robôs rebeldes, mulheres sobrevivendo numa sociedade totalitária e o final da singular guerra fria da família de The Americans. O primeiro trimestre do ano se despede com marcos das séries de televisão. E abril começa cheio de estreias e grandes retornos de séries internacionais nos canais e plataformas do Brasil. De todas elas, recomendamos nove que ninguém pode perder. Mas segure a ansiedade: algumas delas ainda vão estrear no Brasil.

– The Terror

Uma expedição para tentar atravessar a Passagem do Noroeste fica presa no gelo do Ártico. Os tripulantes terão que enfrentar condições extremas, como o frio rigoroso, os recursos limitados, o isolamento e o medo do desconhecido quando uma misteriosa e terrível presença começa a causar estragos. Baseada no livro homônimo de Dan Simmons, a história se inspira numa expedição real que desapareceu em 1845 ao tentar encontrar a Passagem do Noroeste. O resultado foi a morte dos 129 homens que estavam a bordo dos dois barcos.

Por que você não pode perder: Além de narrar uma história real cheia de incertezas, às quais a ficção traz o componente sobrenatural de um monstro misterioso, a produção conseguiu estar entre as mais esperadas da temporada, graças também aos seus realizadores. Ridley Scott assina a produção, com Jared Harris, Tobias Menzies e Ciarán Hinds na pele do trio que comanda a expedição. Uma encenação bem cuidada ajuda a criar a atmosfera sufocante que rodeia a trama.

Onde e quando a ver? Estreou na AMC no último dia 26.

Legion

David Haller passa a vida inteira entre consultórios de psiquiatras, até que começa a aventar a hipótese de que as vozes que escuta e as visões que tem sejam mais do que meros frutos de sua esquizofrenia. Será que ele é um mutante com poderes? Legion adapta à TV os quadrinhos do universo dos X-Men numa história complexa, com diferentes camadas. Sua primeira temporada gerou reações diversas – de desconcerto e rejeição até a paixão de seus seguidores.

Por que você não pode perder: É uma série de super-heróis totalmente diferente do que poderia-se pensar de um programa do gênero. Noah Hawley (criador de Fargo) é o responsável por essa loucura ambientada num universo psicodélico e que constrói uma narração estruturada em dimensões às quais o espectador deve prestar muita atenção para não se perder. Outro destaque vai para sua aposta estética, que consegue construir um universo único e que você pode curtir (se conseguir entrar nele). Não é uma série para todos os gostos, mas isso também é algo que joga a seu favor e que a diferencia das demais.

Onde e quando a ver? O Fox Premium 2 estreia a segunda temporada no dia 03 de abril.

– Perdidos no espaço

O clássico da TV dos anos sessenta está de volta com uma nova versão atualizada das aventuras da família Robinson no cosmos. Uma missão para estabelecer uma colônia no espaço se perde e pousa num planeta desconhecido cheio de perigos, como temperaturas extremas e seres vivos que não parecem muito confiáveis. O casal protagonista e seus três filhos terão que enfrentar os problemas de um mundo novo e da convivência familiar.

Por que você não pode perder: É a próxima grande aposta da Netflix em entretenimento familiar, uma das frentes mais exploradas pela plataforma on-line (e com êxito: basta ver o sucesso de Stranger Things). Sem muitas pretensões além de – justamente – entreter, essa nova versão do clássico tem os ingredientes necessários para prender a atenção de quem quiser passar um bom tempo com pipoca e TV em família.

Onde e quando a ver? Netflix lança os 10 capítulos de sua primeira temporada no dia 13 de abril.

– The Americans

A Guerra Fria chega ao fim para os Jennings, a família dessa série protagonizada por um casal de agentes da KGB que moram em Washington com os dois filhos. Na sexta e última temporada, Os Americanos avança três anos no tempo em relação aos capítulos anteriores, com Gorbachev já no poder na URSS. E as mudanças na Mãe Pátria também começam a afetar Philip e Elizabeth, que durante esse tempo transformaram sua filha Paige em outra agente secreta.

Por que você não pode perder: É uma das melhores séries dos últimos tempos, embora tenha passado mais despercebida do que deveria. Seu universo sob pressão conjuga perfeitamente as missões do casal protagonista (os grandes Keri Russell e Matthew Rhys) e as tensões dentro de sua atípica família. Além da excelente recriação de época, a série tem um dos poucos personagens adolescentes femininos da telinha que não são odiosos. Contra a tendência de muitas séries, esta soube frear o tempo e se despede com sua sexta temporada, quando o clichê ainda não ficou desgastado.

Onde e quando a ver? A sexta e última temporada estreou no último dia 28 pela FX.

– Westworld

Um parque temático oferece aos clientes uma experiência única: deixar extravasar seus instintos mais primitivos sem que haja nenhum tipo de consequência. Sexo, morte, aventuras… Os anfitriões desse lugar são na verdade robôs programados para satisfazer os desejos dos convidados. Mas algo começa a mudar quando essas máquinas tomam consciência de sua natureza e almejam mais do que têm. Agora, os responsáveis pelo parque terão que enfrentar as consequências da rebelião dos robôs desencadeada no final da primeira temporada.

Por que você não pode perder: A HBO apostou alto nessa série, buscando um substituto que desse o prestígio, os prêmios e a audiência de Games of Thrones.E o resultado da primeira temporada indica que eles estão no caminho certo. Foi a estreia mais vista da história do canal. Gerou muitos debates e conversas na Internet com teorias sobre sua trama, além de conseguir diversas indicações de prêmios, principalmente para seu potente elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Anthony Hopkins…

Onde e quando a ver? A segunda temporada estreia em 22 de abril pela HBO.

– The Handmaid’s Tale

Elisabeth Moss estrela essa série baseada no romance de Margaret Atwood que descreve a realidade distópica de uma sociedade totalitária que antigamente pertencia aos Estados Unidos. Lá os desastres ambientais e a baixa taxa de natalidade levaram ao poder um regime que terminou com os direitos das mulheres. Em Gilead (nome do lugar), as mulheres férteis são enviadas a casais poderosos que não podem ter filhos. Defred (Moss) é uma delas: separada do marido e da filha, ela enfrenta uma nova vida e tentará se rebelar.

Por que você não pode perder: A primeira temporada destacou-se como uma das melhores produções da TV no ano passado. Não só pela terrível história que narra, mas também pela grande interpretação de Moss e pela brilhante encenação, com planos minuciosamente cuidados, um inteligente uso da iluminação e das cores e uma narração que conduz o espectador pelo presente e o passado dos protagonistas. Além disso, o final da primeira temporada deixou no ar muitas dúvidas que deverão ser esclarecidas nos novos episódios, já sem o respaldo do romance de Atwood por trás.

Onde e quando a ver? A segunda temporada chega em 25 de abril ao serviço de streaming Hulu.

– Killing Eve

Sandra Oh (Grey’s Anatomy) é Eve, uma agente de segurança cansada da monotonia de seu trabalho. Jodie Comer (Doctor Foster) é Villanelle, uma assassina. Entre elas haverá um jogo obsessivo de gato e rato neste thriller que leva à tela o singular estilo libertino do romance homônimo de Luke Jennings.

Por que você não pode perder: Além de ter duas mulheres fortes como protagonistas, algo que começa a não ser uma grande novidade na TV atual, este thriller, que competirá no festival Canneseries, chamou a atenção sobretudo por sua criadora, Phoebe Waller-Bridge, atriz e roteirista que causou deslumbre com seu último trabalho na televisão britânica, Fleabag. Se Killing Eve tiver ao menos parte da inteligência, do ritmo e da emoção de Fleabag, já terá valido a pena.

Onde e quando a ver? A BBC América estreia no dia 8 de abril.

– Genius: Picasso

Depois de estrear na ficção com a primeira temporada de Genius, centrada na vida de Albert Einstein, o National Geographic prossegue com esse seriado em que cada temporada aborda a biografia de um grande personagem. Agora é a vez do malaguenho mais universal, Pablo Picasso, interpretado por outro malaguenho famoso, Antonio Banderas (Alex Rich será quem lhe dará vida na juventude). A intensa vida do pintor e sua extensa e influente obra, seus numerosos romances, casamentos turbulentos e alianças políticas vão dar forma aos 10 capítulos desta nova temporada para retratar um gênio que se reinventou constantemente, sempre tentando inovar e superar os limites da expressão artística.

Por que você não pode perder: Só pela curiosidade de ver como Banderas deu vida a Picasso já valeria acompanhar a série, rodada em alguns lugares de Málaga, como a casa natal do pintor, a igreja onde foi batizado e a praça de touros onde encontrou grande parte de sua inspiração na juventude.

Onde e quando a ver? National Geographic estreia a série em 24 de abril.

– The Alienist

Nova York, final do século XIX. Um alienista fica obcecado com assassinatos de crianças e jovens ao encontrar certas coincidências entre eles. Especialista no tratamento de doenças mentais, ele contará com a ajuda de um amigo ilustrador do The New York Times e de uma jovem secretária de uma delegacia que deseja se tornar a primeira mulher detetive da polícia da cidade. Juntos, com o apoio de novas correntes da psicologia e técnicas inovadoras de investigação forense, eles tentarão seguir o rastro do suposto assassino serial.

Por que você não pode perder: Baseada num romance de Caleb Carr, a série recria uma Nova York escura e suja – o ambiente perfeito para seu thriller psicológico. Conta também com um grande elenco, encabeçado por Daniel Brühl, Luke Evans e Dakota Fanning. O projeto começou com Cary Fukunaga no comando, mas o roteirista abandonou a produção antes mesmo de começar a rodar. Entre seus diretores está Paco Cabezas, outro nome frequente na TV dos EUA.

Onde e quando ver: A Netflix estreia os 10 capítulos em 19 de abril.

Por Natália Marcos, do El País

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