Dianópolis – Foto: Divulgação
Equipe Gazeta do Cerrado
Servidores do Hospital Regional de Dianópolis, referência no sudeste do Estado,alegam estar sofrendo com falta de EPIs como avental e máscaras N95.
Uma profissional da linha de frente relatou à Gazeta a extrema exaustão do momento. “Não aguento mais ver as pessoas morrendo sem assistência médica”, disse.
A servidora também esclarece que a unidade possui apenas um médico que não entra no setor (Covidário) por ser portador de comorbidades. “Sai do plantão hoje às 07 e deixamos 6 pacientes internos no covidário sendo um grave aguardando vaga de UTI, porém, a unidade só dispõe de um médico que não entra no setor por ser portador de comorbidades”, revelou.
Ela diz que a direção foi avisada, porém, a médica de suporte não realizada entubações. “Ou seja vai apenas assistir o óbito sem fazer nada”, afirmou.
“Nosso hospital ao tem suporte mínimo para receber pacientes com COVID pois não tem médico no covidário”, desabafou a profissional.
Na última semana, a Gazeta denunciou a superlotação do hospital regional.
A cidade perdeu dois moradores por complicações da doença sendo um no dia 07 e em 09/03.
Vários servidores passaram relatos á nossa equipe sobre a situação.
“Covidário lotado. Sem condições de trabalho. Criaram-se mais vagas. Eram 14. Agora, são 10. Tem oito internações e duas observações. Em um espaço improvisado, com único banheiro, para todos os pacientes e acompanhantes, sendo que a equipe cuidadora não tem banheiro. Tem que sair e usar o banheiro de fora do convidário, correndo risco de contaminar o restante da equipe. Estamos pedindo socorro. Gente morrendo sem ter a menor chance de melhorar. E nós doentes psicologicamente, e exaustos fisicamente”, disse um servidor.
Situação
Dianópolis confirmou até esta quarta-feira, 17, 792 casos de Covid e registra 14 óbitos pela doença.
O outro lado
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou à Gazeta que todas as unidades hospitalares geridas pelo Executivo Estadual estão abastecidas de equipamentos, insumos e medicamentos necessários para o funcionamento de rotina, portanto, não há falta de equipamentos de proteção individuais (EPIs) no Hospital Regional de Dianópolis.
A SES ainda destacou que a unidade hospitalar mencionada conta com escala médica regular, com plantonistas diurnos e médicos que acompanham os pacientes do Covidário em horários fixos e sempre que são convocados pela equipe local, caso tenha necessidade.