Brener Nunes – Gazeta do Cerrado
Como os servidores do Tocantins avaliam a atual gestão de pouco mais de 15 dias? A gestão ainda divide opiniões porém vem agradando algumas categorias.
Os servidores esperam pagamento de benefícios atrasados que ainda não tiveram resolução por parte da atual gestão bem como o pagamento da data-base pendente, além dos consignados que estão parados e com dívidas.
A Gazeta do Cerrado na manhã desta quarta-feira, 09, conversou exclusivamente com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, sobre a atual governo de Mauro Carlesse. Segundo ele, o governo precisa tomar medidas mais efetivas. “Mesmo com as medidas para a contenção de gastos, exonerações e outros, elas são insuficientes para o Estado quitar as dívidas e devolver o poder de comprar aos servidores”, disse à Gazeta.
Cleiton diz mas que é cedo pra fazer uma avaliação mais aprofundada. “Muito cedo para uma avaliação, mas pontuo os avanços. Agora, temos uma abertura maior, um diálogo com a gestão, antes não tínhamos. Marcelo Miranda não dava abertura aos sindicatos. Até o momento as medidas adotadas pelo governo têm sido satisfatórias, como o pagamento até o dia 5 de parte dos servidores. No entanto há o compromisso do governador interino com os sindicatos de que em até três meses todos os servidores estarão recebendo na data correta que é até o 5º dia útil”, esclareceu.
O presidente destacou os avanços deste governo como a jornada de trabalho de seis horas e o retorno do pagamento no quinto dia útil de cada mês.
Sobre o levantamento feito pelos secretários de Carlesse, o presidente do Sisepe diz que números estão incompletos. “A dívida maior do Estado é com os servidores. Ela passa dos R$ 2 bilhões”, afirmou Cleiton à Gazeta.
Pinheiro também comentou sobre a declaração do governador cassado Marcelo Miranda, que disse que Carlesse trata os servidores de forma desumana. “Carlesse vem cumprindo o que prometeu. Salários no quinto dia útil, jornada de seis horas, não vejo nada de desumano nisso. Marcelo não pagava direito desde que ele entrou em 2015, não pagou as progressões, que é um direito do servidor. Ele que os tratou de forma desumana”, desabafou.