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Sintet quer parar Educação a partir desta 3ª; Amastha elogia profissionais e destaca avanços

O Portal Gazeta do Cerrado entrou em contato com o presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet-TO), Fernando Pereira, para saber se os servidores da educação municipal entrarão em greve e quais são as reivindicações da pasta.

De acordo com o representante da categoria, a greve foi decretada durante a assembleia realizada no último dia 28, na ocasião participaram da reunião os trabalhadores e trabalhadoras das 71 unidades de educação da rede municipal de ensino.

Na assembleia a categoria decidiu pelo inicio da greve geral a partir da próxima terça-feira, dia 5. Segundo o representante do Sintet regional, a prefeitura já foi notificada da decisão.

Reivindicações

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Os servidores reivindicam o cumprimento de um suposto acordo firmado pelo prefeito Carlos Amastha durante a greve de 2015: “em 2015 ele fez o compromisso e assinou o documento, estipulando prazos para pagar os direitos atrasados, inclusive vários trabalhadores desde 2013, estão sem receber seus direitos como progressões e titularidades”, ressaltou Fernando.

Os trabalhadores alegam que as progressões e as titularidades devem ser pagas reajustadas a partir do salário de 2017. O sindicato afirma que a data base e os retroativos, que venceram em janeiro desse ano ainda não foram pagos “a nossa data base, nada mais é do que o reajuste inflacionário do período de um ano. Ele (o prefeito) não pagou até hoje e nem fez uma proposta de pagamento”, acusa.

Os servidores da educação também solicitam a regularização das progressões. No caso dos educadores, os profissionais estão se especializando e se graduando, para contribuir com o avanço da qualidade de ensino na capital, porém continuam com seus vencimentos estagnados, alega o sindicato. “Todos os trabalhadores estão com os direitos atrasados. As progressões horizontais que são por tempo de serviço e as progressões verticais que são por escolaridade não estão sendo atendidas. Os trabalhadores estão fazendo mestrado, doutorado e acabam não ganhando o que lhes é de direito” afirmou.

Outra reivindicação do sindicato é a eleição dos diretores das unidades de educação por parte do próprio sindicato, e não como está sendo feito. Segundo o presidente regional do Sintet, atualmente os cargos de diretores estão funcionando como uma moeda de troca, pois os vereadores da base aliada é que são responsáveis pela indicação: “temos que colocar um fim no loteamento que está ocorrendo dentro das escolas municipais. A grande maioria dos vereadores da base do prefeito, tem essa moeda de troca, daí os diretores acabam não trabalhando para a comunidade escolar, pois não e a comunidade escolar que os elege. Quem indica é um politico e o Amastha nomeia” explicou.

O sindicato afirmou que a greve é por tempo indeterminado e a concentração está marcada para acontecer na próxima terça-feira, dia 5, a partir das 08:00 da manhã na avenida JK em frente ao colégio São Francisco. Durante o final de semana, os membros do Sintet regional se mobilizaram para denunciar as supostas irregularidades e informar á população da paralisação das atividades.

O presidente do Sintet regional informou á Gazeta que neste domingo, 3, ás 19:00 um ato publico aconteceu na feira do bosque para um diálogo aberto com a população e finalizou “a educação vai parar por tempo indeterminado na rede municipal de ensino”.

Avanços da Educação

Procurado pela Gazeta do Cerrado para comentar o assunto o prefeito de Palmas, Carlos Amastha afirmou que respeita todos os servidores e profissionais da Educação que fazem da área na capital um dos melhores índices do país. Amastha lembrou que desde que assumiu ampliou a cobertura de ar condicionado das escolas que atualmente é de quase 100% além de várias melhorias. “Temos a melhor educação do Brasil e nos esforçamos muito para que sejam os mais bem pagos do Brasil e com as melhores condições de trabalho, chegaremos lá, tenho certeza”, disse.

“Quando entramos na prefeitura não tinha uma sala com ar condicionado, hoje estamos rumo aos 100%. O salário comparado com o das capitais é um dos três melhores. Os planos de carreira são bons mas claro que eu quero que sejam perfeitos. Os professores são bons e queremos melhorar cada vez mais. Não vamos quebrar a cidade porque três, quatro movimentos políticos querem que façamos o que é impossível. Nenhuma capital brasileira está pagando benefício, nós estamos pagando com muito esforço nas medidas das possibilidades”, argumentou o gestor.

 

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