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Siqueira fala à Gazeta sobre cenário político e diz estar firme para o Senado: “não posso deixar que o Estado fique desprovido de projetos”

(Divulgação)

Maria José Cotrim

A Gazeta do Cerrado entrevistou com exclusividade o ex-governador e pré-candidato ao Senado, Siqueira Campos (Democratas) neste momento de transição pelo qual passa o Estado após decisão de cassação do governador Marcelo Miranda pelo TSE.

Siqueira disse que acompanha com preocupação mais uma instabilidade política no Estado causada pela decisão do TSE mas que vai aguardar o desfecho para se pronunciar.

Questionado sobre sua pretensão ao Senado ele disse estar de pé com o projeto e falou de algumas defesas.

Veja a íntegra da entrevista abaixo:

Gazeta do Cerrado– Como o senhor está avaliando este momento conturbado na Política do Estado por causa da cassação de Marcelo Miranda?

Siqueira: Estou acompanhando com muita preocupação. Mas prefiro aguardar a decisão definitiva da Justiça para emitir um posicionamento com mais detalhes.

2 – O senhor já confirmou que pretende disputar o Senado…. esta pretensão continua de pé?

Siqueira Campos: Na verdade não é uma pretensão pessoal. É uma convocação que recebi de todos os setores da opinião pública.

E decidi essa convocação. Quem age com dedicação, com espírito público como nós agimos, enxerga rapidamente as coisas importantes que ainda faltam ao Tocantins. Brevemente entreguei para os agentes da área de comunicação o meu programa de trabalho. Não posso deixar que o Estado fique desprovido de projetos e de representação, sem uma atuação junto ao Governo Federal e aos organismos internacionais para completar a infraestrutura do Estado. O Tocantins é um dos melhores em localização geográfica, recursos hídricos, solos férteis. Precisamos completar essa infraestrutura e fazer essa integração. Um exemplo é com o transporte hidroviário que vai baratear custos e tornar os produtos daqui mais competitivos.

Agradeço muito a Deus. Em 1 de agosto de 2018, eu completo 90 anos. Estou me sentindo bem, sinto aquele entusiasmo que vem desde a minha juventude. Principalmente quando se fala nesse sonho que estamos vivendo, o Estado do Tocantins. Com todas as suas potencialidades, com seu povo generoso e bom, que acolheu a mim e minha família em 1963. E um dos meus familiares, meu filho Eduardo, resolveu seguir também a vida pública para servir ao povo. E em todas as funções que ocupou e ocupa sempre fez um trabalho extraordinário. Como quando ele foi prefeito de Palmas e implantou a infraestrutura da cidade com as redes de água, fazendo enormes valas com os trabalhadores cavando na mão, que a população chamava de “empreiteira orelha seca”, sendo que aquela era única fonte de renda de muitas famílias que acreditaram em Palmas e para cá vieram. Ele fez as escolas padrão, as casas populares de tijolito, o asfaltamento das ruas e avenidas, os ginásios de esportes e o Espaço Cultural. É assim que a gente sempre trabalhou, servindo ao povo e edificando.

Lutamos para criar o Estado. Trabalhamos para sua implantação e consolidação, mas agora o Tocantins precisa se desenvolver, se modernizar, atrair investimentos, gerar empregos e renda para o nosso povo.

Vocês podem esperar, se eu for Senador, essa representação vai funcionar em favor do Tocantins.

3 – O Dimas retirou a candidatura… quem o senhor defende agora como Candidato ao Governo?

Siqueira: É uma decisão que só posso lamentar. Pois ele é um gestor de muitas virtudes, um homem público da maior categoria, muito experiente, que cuida do povo, principalmente dos mais humildes. É uma pena que ele não tenha aceito ser candidato a Governador. É uma perda para o Estado. Com certeza ele daria uma bela contribuição para melhorar em todos os aspectos, a imagem da política. Daria uma bela contribuição, pelas virtudes, pela qualidade, pela integridade, pelo dinamismo. Mas por enquanto ainda não temos definição sobre apoio, é preciso aguardar um pouco mais.

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