Um estudo recente estipulou um prazo para que o sistema solar desapareça. Mas calma. Nem eu, nem você ou mesmo nossos tataranetos vão chegar minimamente perto de presenciar este fenômeno. A extinção do ambiente de planetas que orbita em torno do Sol está prevista para ocorrer em um período de 1 trilhão de anos.
O artigo, escrito pelos cientistas Jon K. Zink, Konstantin Batygin, Fred C. Adams, de departamentos de astronomia e física de universidades da Califórnia e Michigan, nos Estados Unidos, aponta que a destruição do sistema solar será feita justamente e ironicamente pelo Sol, a estrela responsável pela vida na Terra.
De acordo com os pesquisadores, em um determinado momento, o Sol vai deixar de emitir combustível nuclear e, então, vai se tornar uma gigantesca estrela avermelhada. Durante este processo, o Sol vai inchar e aumentar de tamanho exponencialmente. Com isso, planetas como Mercúrio, Vênus e a própria Terra serão derretidos pelo calor.
Mas o Sol não vai inchar até o infinito. Nas previsões mais recentes, a estrela vai eventualmente vai diminuir de tamanho após engolir os três primeiros planetas. Isso porque, ao esgotar seu combustível, o Sol perderia massa diminuiria a sua força gravitacional. O resultado seria o aumento das órbitas dos planetas restantes e o distanciamento destes da estrela.
Mas tudo ainda não passa de uma hipótese e bem difícil de ser comprovada. Pesquisadores estimam que o Sol ainda vai arder combustível fóssil durante 5 bilhões de anos antes de iniciar o processo em que se torna uma estrela vermelha inchada. Mesmo com simulações computadorizadas, é quase impossível criar um modelo que indique o que vai acontecer a partir de então.
Esperança em Marte
Os modelos criados, porém, indicam que Marte talvez seja o único planeta que poderá sobreviver ao fim do sistema solar devido a posição estratégica em que orbita. Isso porque planetas mais distantes do Sol, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, seriam desestabilizados e ejetados para longe do sistema solar em um período de até 1 trilhão de anos.
Já o planeta vermelho que se tornou uma obsessão de empresas como a SpaceX, de Elon Musk, dificilmente seria expulso do sistema solar justamente por não estar tão distante do Sol e nem tão próximo para ser engolido.