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Sob comando feminino pela 1ª vez, Incra Tocantins sai do penúltimo lugar para 8º do país na emissão de títulos

Maju Cotrim

O que esperar do ano de 2021 no Incra Tocantins? Um órgão com tantas demandas que significam para muitos o sonho de toda uma vida: o de ter o próprio chão.

Um órgão que já foi alvo de Operação em anos anteriores, de constantes manifestações de movimentos sociais na cobrança por reforma agrária e de uma série de indicações políticas na Superintendência.

A superintendente regional do Incra no Tocantins, Eleusa Maria Gutemberg concedeu entrevista à Gazeta do Cerrado na manhã desta terça-feira, 19. Ela falou dos planos para este ano e dos desafios para o órgão. Ela é a 1ª mulher efetivamente a comandar o órgão no Estado.

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Quadro técnico da instituição há mais de 10 anos, ela foi nomeada em novembro do ano passado iniciando um ciclo de valorização das pratas da Casa na gestão do órgão. O nome dela foi avalizado pelo senador Eduardo Gomes que fez questão de não interferir através de indicação meramente política.

“Recebi o Incra em novembro já com com um desafio muito grande, o Estado estava em penúltimo lugar do país nas metas e conseguimos em 60 dias deixar entre os 10 melhores desempenhos”, disse. Filha de agricultores de Goiás ela tem se destacado na gestão e fala em retomar o protagonismo do órgão.

“Hoje todas as unidades do Incra Tocantins são comandados apenas por servidores da Casa e isso é um avanço. O órgão não tem nenhum cargo de comando que não seja servidor da Casa”, comemorou.

São mais de 300 assentamentos no Tocantins com demandas de várias ordens e o desafio da atual gestão é celeridade. “Quando você emite um título isso gera direito, a pessoa se sente dona e esse e um processo que muda a vida das pessoas”, pontuou.

Metas

Sobre as metas para este ano, ela disse: “a emissão de títulos tanto em áreas da união como em assentamentos, é uma demanda antiga e vamos tentar com os municípios parceira para viabilizar este processo”, disse.

Com déficit de efetivo, o órgão no Tocantins quer intensificar as parcerias com municípios e Estado para conseguir atender a alta demanda.

Ela assumiu com a meta de emissão de apenas 15% dos títulos e, conseguiu, segundo os dados, fechar em dois meses a marca de 315 títulos definitivos e 2017 provisórios, totalizando 2332 documentos titulatórios.

Para este ano a estimativa é de cerca de 1,5 mil títulos em assentamentos podendo chegar a 4,5 mil incluindo os documentos titulatórios em geral.

A parceria com o Estado também é uma aposta para tentar chegar às metas.

A Superintendente afirmou que se relaciona bem com os movimentos sociais e que está aberta as demandas.

A Superintendente

Eleusa Gutemberg é servidora concursada do Incra desde 2006. É graduada em Direito pela Universidade Federal do Pará e pós-graduada em Direito Público pela Universidade do Sul de Santa Catarina.

Na regional do instituto no Tocantins, foi chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária, no período de 2009 a 2018, além de superintendente substituta nos períodos de 2014 a 2016 e 2017 a 2018.

Desde 2018 é membro do Núcleo de Prevenção e Regularização Fundiária da Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Tocantins.

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