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Suspeita de caso de LGTFobia em Colégio da capital; movimento repudia


Um caso de LGTFobia foi registrado no Colégio Santa Rita de Cassia em Palmas quando um estudante teria sido barrado por uma coordenadora por estar usando saia.

O movimento Kizomba encaminhou nota de repúdio ao fato. Nossa equipe entrou em contato com o Colégio e aguarda retorno.

O estudante, segundo o movimento, sofreu violência psicológica e simbólica. O fato foi repudiado por demais alunos e militantes.

Veja a íntegra da nota:

NOTA DE REPÚDIO DO COLETIVO KIZOMBA TOCANTINS SOBRE O CASO DE LGBTFOBIA CONTRA NOSSA MILITANTE NO CEM SANTA RITA DE CÁSSIA

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O coletivo de juventude Kizomba vem por meio desta manifestar total repúdio ao caso de LGBTfobia ocorrido no Colégio CEM Santa Rita de Cássia na quarta-feira (10) contra nosso militante secundarista e estudante do colégio Luiz Felipe, que foi impedido, pela orientadora educacional da escola, Maria de Lourdes Abreu, de entrar nas dependências do colégio por estar usando uma saia longa.

Além de ter sido impedido de entrar na escola, Luiz Felipe sofreu grave violência psicológica e simbólica pela orientadora da escola, Maria de Lourdes Abreu, que fez diversos comentários LGBTfóbicos para o mesmo, dizendo que a “opção sexual” dele não deveria ser algo a ser “exposto” e que o mesmo era uma vergonha para sua família. Ainda, quando Luiz a corrigiu que o termo correto era “orientação sexual”, Maria de Lourdes Abreu disse que ele não tinha o poder de estar a corrigindo e que ela sabia muito bem o que falava.

Nós, do coletivo de juventude Kizomba, há 18 anos protagonizamos a inserção da luta pelo combate às opressões no movimento estudantil, entendendo que é inadmissível que ainda existam processos de discriminação, exclusão, humilhação e bullying por raça, gênero e orientação sexual nas escolas, nas universidades e em nossa sociedade. Repudiamos toda e qualquer forma de discriminação, preconceito e opressão.

É inaceitável que se reproduza e que ainda existam manifestações de LGBTfobia nas escolas estaduais do estado do Tocantins, principalmente em uma das maiores escolas do estado, como o CEM Santa Rita De Cássia, que deveriam ser espaços de intensa inclusão social e desconstrução das opressões estruturais que organizam nossa sociedade desigual.

Esperamos e cobramos que a Secretaria de Educação do Estado do Tocantins e a direção da escola se pronunciem sobre este absurdo caso de LGBTfobia, com devidas medidas educativas para toda a equipe da escola CEM Santa Rita De Cássia. Ainda, declaramos que vamos tomar as devidas providências judiciais e legais para resguardar a integridade psíquica e emocional de nosso militante Luiz Felipe.

Por fim, reafirmamos nosso profundo repúdio a esse fato e declaramos que casos como esse só aumentam e reforçam nossa sede de luta por justiça e por um mundo e uma escola radicalmente democrática, plural e livre de todos os tipos e formas de opressões.

Coletivo Kizomba Tocantins

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