Momento de diligências na casa onde homem foi preso — Foto: Cintia Ribeiro Portilho/TV Anhanguera
Tiago Moreira, de 30 anos, foi preso como principal suspeito do assassinato do professor Carlos Henrique de Sousa Luz, de 45 anos, ocorrido na madrugada de segunda-feira (24) na casa onde o casal morava na ACSU-SE 120 (1.102 Sul), em Palmas. Segundo informações da Polícia Civil divulgadas na sexta-feira (28), Tiago teria tomado uma latinha de cerveja logo após esfaquear a vítima. O mandado de prisão temporária foi cumprido contra Tiago durante a tarde. Ele estava trabalhando como pintor em um estabelecimento comercial da região central de Palmas quando foi localizado pelos policiais.
Tiago contou que encontrou Carlos e a esposa em um bar e, após beberem e usarem drogas, foi convidado para ir para casa do casal, onde aconteceu o homicídio. O convite também incluía que o suspeito tivesse relação sexual com a esposa do professor, que posteriormente se recusou. No relato, Tiago disse ainda que teve relação sexual com Carlos, mas que quis parar. A vítima não aceitou e eles começaram uma briga. Na confusão, o suspeito teria encontrado uma faca e golpeado o professor várias vezes.
Para a Polícia Civil, a motivação do crime seria um possível “desacerto sexual”. Depois de matar Carlos, Tiago teria bebido na presença da esposa da vítima, que foi informada sobre o que aconteceu. “Antes dele ir, não sei em qual situação, ainda fez uso de bebida alcoólica. Ele foi com a mão cheia de sangue, após matar o Carlos, ficaram os dois na residência [Tiago e a esposa da vítima], abriram uma latinha de cerveja, e o Tiago tomou uma latinha de cerveja lá, após o crime”, explicou o delegado Ismael Andrade, da 1º Delegacia de Homicídios da capital.
Após prestar depoimento, Tiago levou os policiais até uma casa na Arse 91 (904 Sul), para onde foi depois do crime. Segundo o delegado, Tiago teria queimado as roupas que usava em um terreno nas proximidades e mostrou onde ficava o local. A investigação deve continuar para saber se a mulher do professor ouviu o marido pedir socorro, mas a princípio ela não é considerada suspeita de participar do crime.
Carlos Henrique era professor na Escola Estadual Beira Rio, em Luzimangues, distrito de Porto Nacional. O perfil da escola publicou uma nota lamentando a morte. Carlos Henrique era considerado pela escola como um “professor excepcional”. O diretor da escola, Emerson Nogueira de Carvalho, lamentou o acontecido e se solidarizou com a família e amigos próximos em um momento de extrema tristeza. “Carlos era um professor excepcional, desempenhou um papel de excelência. Ele era muito querido por toda a comunidade escolar, pelos servidores, pelos colegas e principalmente pelos estudantes. Tinha um carinho ímpar com todos, e todos gostavam muito dele”.
Após o velório, o professor foi enterrado na manhã de terça-feira (25), no cemitério Jardim da Paz, em Palmas.