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Suspensão de bolsas, cursos prejudicados e a UFT já sofre impactos profundos dos cortes

Universidade Federal do Tocantins - Divulgação

A Universidade Federal do Tocantins informou nesta quarta-feira (8) que começou a suspender bolsas para pesquisas científicas na instituição após ter parte do orçamento bloqueado pelo Governo Federal. Desde o começo da semana, nove benefícios que somam R$ 370 mil foram cortados.

Os estudos que alunos da universidade fazem sobre o mosquito da dengue também estão comprometidos. “Apesar de seres pesquisas de qualidade internacional, elas abordam principalmente problemas do Tocantins ou da região amazônica. Que universidade foram do Tocantins ou da região amazônica vai ter interesse em estudar, por exemplo, uma variedade de soja resistente a altas temperaturas”, explica o pró-reitor de pesquisa da UFT, Raphael Sanzio Pimenta.

A universidade teve cerca de R$ 18 milhões bloqueados. O Ministério da Educação e a reitoria da UFT discordam sobre o percentual que isso representa no orçamento. A UFT afirma que o valor é 42% do total e o MEC diz que o bloqueio é de 30%.

Atualmente a UFT tem 670 pesquisas em andamento. Somente no campus da capital, são 6,3 mil alunos. Na região norte, alunos indígenas que tiveram a bolsa cortada estão voltando para as aldeias.

O reitor da universidade, Luís Eduardo Bovolato, disse em entrevista que a universidade pode ficar sem ter como pagar as contas de água e luz até agosto. Em Araguaína, o curso de medicina que ainda nem começou a funcionar já foi prejudicado.

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 Em nota, o MEC disse que o critério utilizado para o bloqueio foi operacional, técnico e isonômico, para todas as universidades e institutos. A diferença nos percentuais, segundo o ministério, se deve a base de cálculo utilizada. O Governo Federal disse ainda que a situação pode ser revista pelos Ministérios da Economia e da Casa Civil caso a reforma da previdência seja aprovada.
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