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Susto e agonia! Paciente da ala psiquiátrica do maior hospital público do TO fica mais de 12 horas perdido pelas ruas

Parentes de um homem internado da área psiquiátrica do Hospital Geral de Palmas (HGP) viveram momentos de tensão nesta terça-feira (19), após ele escapar da unidade de saúde e ficar mais de 12 horas perdido pelas ruas da capital. O paciente só foi encontrado pela família na manhã desta quarta-feira (20).
“Ele deu entrada na segunda-feira (18), por volta de meio-dia, na área de psiquiatria. Ficou no corredor, mas com muita movimentação no local, ele ficou muito agitado. Meu tio não conseguiu contê-lo e ele saiu do hospital, não se sabe por onde”, contou Moises Bezerra Rodrigues, que é primo do paciente.

O homem de 40 anos vive em Aparecida do Rio Negro e foi transferido para Palmas após uma crise. Ele foi encontrado em uma rotatória da Arse 72 (706 Sul), no início da manhã, depois que a família divulgou informações e pediu ajuda nas redes sociais.

Moisés Bezerra explicou que o primo chegou a ser avistado em várias regiões, inclusive em praias da cidade, mas sempre que a família chegava ao local indicado ele já tinha ido embora.

“O hospital tinha que ter esses cuidados de vigiar as saídas para não deixar um paciente escapar. É perigoso pra ele, para a família e até para as outras pessoas. No corredor não tem maca, não tem quarto. Triscou nele, já fica agitado.”

A falta de segurança nos hospitais públicos, inclusive, é um problema antigo no estado. Desde 2019 há inúmeros registros de furtos, roubos e até agressões a servidores dentro dos hospitais. No ano passado o governo até tentou dispensar licitação para contratar uma empresa, mas o processo foi suspenso pelo Tribunal de Contas Estadual.

O que diz Secretaria de Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Hospital Geral de Palmas (HGP), informou que o paciente citado deu entrada na segunda-feira (18) e estava recebendo todos os cuidados da equipe multiprofissional.
“Após uma crise psicótica evadiu–se da unidade. A SES ressalta que durante a permanência no hospital, o usuário estava acompanhado pelo pai. O paciente já se encontra internado na unidade”, diz a nota.
A SES não respondeu porque o paciente ficou internado no corredor, como ele conseguiu sair da unidade, porque não foi contido pelos servidores ou se contribuiu com as buscas.
Sobre a falta de segurança no hospital, a SES voltou a afirmar que “o processo licitatório para contratação de empresa especializada em serviços de segurança e vigilância patrimonial, para atender as Unidades de Saúde do Estado, já foi iniciado”. Só que também não deu um prazo de quando isso deve acontecer.

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