A imagem mostra uma galáxia a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância do nosso planeta, chamada pelo apelido de “Roda de Carro” por causa da sua semelhança com essa estrutura. À esquerda desse sistema, duas galáxias espirais menores também são visíveis.
Segundo a Nasa, a “Roda de Carro” era provavelmente uma galáxia espiral (assim como a nossa Via Láctea) antes de colidir com uma galáxia menor há mais de 400 milhões de anos, e foi justamente essa colisão que resultou nessa formação característica.
“Agora, esse sistema é composto por 2 anéis – um anel interno brilhante e um anel colorido circundante. Ambos se expandem para fora do centro como ondulações de um lago”, afirmou a agência espacial, em um comunicado.
Outros telescópios, incluindo o famoso Hubble, já flagraram a Galáxia Cartwheel (como é chamada no inglês), mas como uma imensa quantidade de poeira obscurece a visão desse sistema para telescópios de luz visível, certas estruturas não podiam ser vistas até então.
Com essa nova observação do Webb em infravermelho -método que vence essa barreira da poeira-, estrelas individuais assim como regiões de formação desses astros dentro da galáxia podem ser vistas facilmente.
Além disso, com os novos dados divulgados, os cientistas podem melhor compreender o comportamento do buraco negro que fica ao centro da “Roda de Carro” (embora o buraco negro em si não seja visível na imagem).
Outra imagem da Galáxia Roda de Carro feita pelo Webb, em uma frequência diferente do infravermelho. — Foto: NASA/ESA/CSA/STScI/Divulgação
“Esses novos detalhes nos fornecem uma compreensão renovada de uma galáxia que está em meio a uma lenta transformação”, disse a Agência Espacial Europeia (ESA), que também faz parte do consórcio internacional que levou o James Webb ao espaço.
Segundo a Nasa, outros registros do Universo feitos pelo supertelescópio serão divulgados nas próximas semanas.