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Tênis com rodinha é perigoso? Especialistas comentam

Por todos os lados as crianças estão “deslizando” com o famoso tênis com rodinhas. Porém, muitos pais ainda estão reticentes em relação ao uso desse acessório que virou febre entre os pequenos. Afinal, o tênis com rodinha oferece algum risco para a criança? “O único perigo é se a criança cair”, conta o pediatra Jorge Huberman, do Hospital Albert Einstein.

Para o ortopedista Leandro Gregorut, da Rede de Hospitais São Camilo, a novidade também não é motivo para preocupação. “Por não fazer impacto nos pés ou joelhos, não deve acarretar nenhum problema ortopédico. Algumas crianças costumam levantar a ponta dos pés para se movimentar e isso pode causar uma leve inflamação na região anterior do tornozelo, por forçar um tendão chamado Tibial Anterior. No entanto essa dor tende a melhorar com a prática e o uso do tênis”, conta ele.

Mesmo que a criança tenha algum tipo de problema prévio, como pé chato ou problemas nos joelhos, Gregorut conta que não existem contraindicações: “O que acontece é que algumas crianças podem ter mais dificuldade do que outras para se equilibrarem e desenvolverem a técnica necessária para andar sem cair. Porém, com treino, paciência e sem abusar da velocidade, todas poderão se divertir muito”, ressalta Gregorut.

Os especialistas destacam que, como a preocupação deve ser focada nos tombos dos pequenos, é imprescindível investir nos acessórios de segurança: “Como todo brinquedo que exige equilíbrio e desenvolve velocidade, como skate, patinete ou bicicleta, o ideal seria o uso de capacete, joelheiras e cotoveleiras”, destaca o ortopedista.

O ideal seria a criança utilizar o calçado por cerca de 40 minutos ao dia, sem deixar de receber outros estímulos. “Além disso, a criança enjoa rápido, acaba usando por pouco tempo: primeiro, porque cansa da brincadeira e, segundo, porque logo o tênis deixa de servir no pé. É um acessório interessante porque estimula a criança, sua capacidade de se impulsionar, entender a sua lateralidade e equilíbrio”, conta Huberman. “Não podemos falar que as crianças não podem fazer nada. O importante é deixar eles se divertirem”, acrescenta o pediatra.

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