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TJ derruba liminar que proibia exibição de reportagem e TV Record revela áudios no caso do médico denunciado por estupro

A decisão foi da desembargadora Jaqueline Adorno que analisou o mandado de segurança impetrado pela emissora após juíza de Paraíso conceder liminar que impedia a divulgação do conteúdo jornalístico na semana passada. A magistrada considerou que a imprensa precisar exercer o seu direito de informar ao povo tocantinense os fatos relevantes na sociedade.

Na decisão, Jaqueline Adorno pontuou: ‘Entendo que o poder Judiciário não pode definir previamente o que pode ou não pode ser dito pelos indivíduos que compõem a sociedade e que a proibição de publicação de matéria jornalística que envolva o caso, forma como determinada pela magistrada a quo absolutamente conflitante com o preceito constitucional de liberdade de imprensa, em censura prévia dos meios de comunicação, o que é constitucionalmente inadmissível’’.  

A reportagem da TV Record foi exibida e mostrou áudios da esposa do médico de Paraíso José Guilherme Laufer. Nena Lima da Cruz, em conversa por WhatsApp com uma pessoa próxima, revela que ela chegou a flagrar o esposo entrando no quarto da menor e que teria visto ele ‘aos pés da cama’ da menina. A investigação da polícia aponta que a vítima teria sido abusada por ele desde os 11 anos. A menor é sobrinha do médico e morava na casa da família. Guilherme foi preso no mês de abril suspeito por estupro, hoje ele responde ao processo em liberdade.

Após a prisão do médico, uma babá de 25 anos também procurou a polícia para denunciar. Ela afirmou em depoimento que também teria sido abusada pelo médico enquanto trabalhava na casa da família e que não denunciou o caso antes porque teria sofrido ameaças da mulher de Guilherme. Neane também é investigada pela polícia por esconder os supostos crimes praticados pelo marido.

Em um dos trechos dos áudios revelados, Neane afirma: “É muito ruim você estar com a pessoa dentro de casa. Antigamente minhas babás saíam tudinho lá de casa por causa que teu pai ficava com assanhamento com elas e hoje tenho certeza que é verdade. Todas as babás pediam conta para sair”. A defesa do médico foi procurada pela emissora para comentar o caso, mas não se pronunciou até o momento.

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