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Tocantínia: Educação ameaça greve e cobra diálogo da gestão sobre pagamento do piso e progressões

Profissionais da Educação em Tocantínia – Foto – Sintet

Os profissionais da rede municipal de educação de Tocantínia deflagraram estado de greve no dia 15 de agosto de 2023, em assembleia realizada na Câmara Municipal, em função do prefeito Manoel Silvino não conceder as progressões e o reajuste do piso na carreira, direitos adquiridos da categoria.

Conforme o Sintet, caso o prefeito Manoel Silvino não receba a categoria, através do Sindicato,  para encaminhar a pauta e construir uma mesa de negociação até (hoje) 30 de agosto, uma nova assembleia será realizada e pode culminar na deflagração de uma greve por tempo indeterminado.

Uma nota de repúdio foi divulgada pelo Sintet. (Leia abaixo).

O espaço está aberto caso haja interesse da gestão em se posicionar sobre o assunto.

Veja abaixo

NOTA DE REPÚDIO: BASTA DE DESCASO, PERSEGUIÇÃO E AMEAÇAS AOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO MUNICIPAL DE TOCANTÍNIA

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins – Sintet, entidade representativa dos profissionais da educação básica do setor público do estado do Tocantins e de seus municípios, expressa seu repúdio e sua imensa preocupação aos crescentes surtos autoritários contra os/as professores/as por parte do prefeito e secretário de educação Manoel Silvino e André Gouveia, respectivamente.

Nessa investida autoritária, a gestão além de desrespeitar os direitos adquiridos em leis, municipal e lei federal, ou seja, nega-lhes o direito a carreira, nega-lhes o direito ao reajuste salarial anual.

Como se não bastasse, e como se estivéssemos vivendo na época do coronelismo de outrora e em verdadeira revanche, o prefeito passou a ameaçar a categoria com redução de carga horária e salários.

Ressalta-se que os trabalhadores em educação, através do sindicato dos trabalhadores em educação, o Sintet, ao longo da gestão do prefeito Manoel Silvino têm buscado o diálogo e a construção da carreira e da valorização profissionais em educação do referido município. Foram inúmeros ofícios encaminhados à gestão, mas sem nenhum retorno. Restando como resposta apenas a ameaças, intimidações e perseguições.

De acordo com relato dos professores, os recados encaminhados pelo secretário de educação é que “se os professores não recuarem de suas reivindicações, suas jornadas de trabalho serão reduzidas e os salários reduzidos também”.

Nesse momento de muita luta contra a tirania, alerta-nos Paulo Freire, o Patrono da Educação Brasileira, quando afirma que: “Pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Neste sentido, o Sintet afirma que não medirá esforços para que os profissionais em educação do município de Tocantínia, tenham seus direitos garantidos e cumpridos, e que, não recuará diante das ameaças e perseguições do prefeito e do secretário municipal de educação. Exigimos o pagamento das progressões atrasadas, o realinhamento das tabelas e o reajuste dos salários, previstos em leis e que não estão sendo cumpridas.

Por fim, os trabalhadores em educação reafirmam que estão em Estado de Greve e, caso a gestão não mude de postura e resolva abrir uma mesa efetiva de negociação, a categoria adverte que nos próximos dias estará reunida em assembleia para deflagrar uma greve por tempo indeterminado.

Não à perseguição! Não ao desrespeito! Abaixo a tirania, ao descaso, à prepotência, as proposições que vigiam, desacreditam, desmerecem a educação e a comunidade escolar de Tocantínia!

Nenhum direito à menos!

SINTET DIRETORIA REGIONAL DE MIRACEMA DO TOCANTINS

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