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Tocantins chega a 97% das UTIs ocupadas; outros 16 estados estão em alerta crítico

Profissional de saúde descansa em UTI para pacientes com Covid-19 - Foto - Jefferson Bernardes/AP

Profissional de saúde descansa em UTI para pacientes com Covid-19 – Foto – Jefferson Bernardes/AP

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta que “o quadro geral do país se mantém extremamente crítico”, com 17 estados e o Distrito Federal com mais de 90% das UTIs ocupadas.

  • Norte: Amapá (100%), Rondônia (98%), Acre (97%) e Tocantins (97%)
  • Nordeste: Pernambuco (97%), Piauí (96%), Rio Grande do Norte (95%) e Ceará (94%)
  • Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (97%), Distrito Federal (97%) e Goiás (94%)
  • Sudeste: Minas Gerais (94%), Espírito Santo (94%) e São Paulo (92%)
  • Sul: Santa Catarina (99%), Rio Grande do Sul (95%) e Paraná (93%)

 

Outros 7 estados apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos acima de 80%:

  • Norte: Pará (85%)
  • Nordeste: Maranhão (88%), Alagoas (86%), Sergipe (86%), Bahia (86%) e Paraíba (84%)
  • Sudeste: Rio de Janeiro (88%)

 

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O boletim do Observatório Covid-19 de terça-feira (30) alerta que só Amazonas (76%) e Roraima (62%) não estão na zona de alerta crítico, segundo dados obtidos em 29 de março.

A situação é pior do que há duas semanas, quando a Fiocruz alertou que Brasil passa pelo “maior colapso sanitário e hospitalar da história”. Na ocasião, 15 estados tinham ocupação superior a 90%.

“Neste novo patamar da pandemia, a situação mudou drasticamente. Se Manaus (Amazonas), com o colapso do seu sistema de saúde, constituiu um alerta do que poderia ocorrer em outros estados, a situação hoje de São Paulo é um alarme do quanto esta crise pode ser mais profunda e duradoura do que se imaginava até então”, destacam os pesquisadores da Fiocruz no boletim.

O observatório ressalta que as medidas de restrição adotadas em diversos estados “ainda não produziram efeitos significativos sobre as tendências de alta de todos os indicadores que vêm sendo monitorados”.

 

“Esses indicadores estão sempre defasados no tempo, e o crescimento do número de casos na semana entre 21 a 27 de março pode ser resultado de exposições ocorridas em meados de março”, ressalta o documento.

Para reverter o contexto atual, os pesquisadores reafirmam a necessidade de combinar medidas de restrição por cerca de 14 dias, medidas para adequar a oferta de leitos e a ampliação das ações de saúde da Atenção Primária em Saúde (APS), com abordagem territorial e comunitária.

Segundo a Fiocruz, 14 dias é o tempo mínimo necessário para redução significativa das taxas de transmissão e número de casos (em torno de 40%) e redução da pressões sobre o sistema de saúde.

 

Profissionais de saúde entram com paciente com suspeita de Covid-19 de maca no HRAN, hospital público de Brasília, no dia 23 — Foto: Eraldo Peres/AP

Fonte – Bem Estar via Globo.com

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