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Tocantins tem aumento de 17% nos casos de malária, todos importados; veja como se prevenir

A enfermidade infecciosa aguda é transmitida pela picada da fêmea do mosquito anopheles, infectada pelo microrganismo plasmodium - SES/Governo do Tocantins

Na próxima segunda-feira, 25, é o Dia Mundial da Luta Contra a Malária. Aproveitando a data, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta a população para a prevenção à doença e recomenda, às secretarias municipais de saúde, a realização de ações de conscientização sobre a enfermidade.

O Dia Mundial da Luta Contra a Malária foi criado em 2007, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para marcar o reconhecimento aos esforços globais para o controle efetivo da doença.

O biólogo e técnico da área da malária da SES, Marco Aurélio de Oliveira Martins, explica que “o Tocantins, apesar de fazer parte da área endêmica da doença, notificou apenas casos de origem importada. Essa situação requer serviços de vigilância eficientes e eficazes para evitar a ocorrência de casos autóctones. Devido a essa situação, objetivando o fortalecimento das ações de vigilância e controle da malária, a SES vem desenvolvendo anualmente o Plano de Ação para Eliminação da Malária no Tocantins”.

Malária no Tocantins

A área técnica da malária da SES realiza, rotineiramente, o monitoramento de casos da enfermidade no Estado. De acordo com dados do setor, o Tocantins está com dois anos sem registro de caso autóctone, ou seja, doença contraída na zona de residência.

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No primeiro trimestre de 2022, houve aumento de 17% nos casos da doença, com sete casos. Em 2021, foram registrados seis casos no mesmo período. 100% dos casos notificados são importados, ou seja, pessoas que adoeceram em outros Estados e foram diagnosticadas e tratadas no Tocantins.

A Assessoria Técnica da Malária também realiza capacitações com as equipes das secretarias municipais de saúde. Durante o ano de 2021, todos os municípios, considerados prioritários pelo Plano de Eliminação da Malária, conseguiram realizar pelo menos uma atividade de educação em saúde.

A doença

A malária é uma doença infecciosa transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium. O micro-organismo é transmitido ao ser humano pelo sangue e causa dores de cabeça e musculares, calafrios, febre alta e muito suor.

O paciente infectado recebe tratamento em nível ambulatorial, com medicamentos fornecidos gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas nos casos graves, os pacientes deverão ser hospitalizados.

Prevenção

As medidas de prevenção à malária podem ser feitas de forma individual e coletiva. As ações individuais são a instalação de mosquiteiros; uso de roupas que protejam pernas e braços; telas em portas e janelas e o uso de repelentes.

Já nas medidas coletivas, devem ser feitas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia, entre outros.

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