Ícone do site Gazeta do Cerrado

Trabalhador da maior maternidade do TO denuncia falta até de insumos para dar pontos: “Tá faltando fio pra fechar o que foi aberto”

Hospital e Maternidade Dona Regina em Palmas – Foto – André Araújo/Governo do Tocantins

Lucas Eurilio

Uma denúncia encaminhada nesta terça-feira, 13, à Gazeta do Cerrado, relata que faltam insumos até para dar pontos nos pacientes na maior maternidade do Tocantins, o Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas.

Conforme a denúncia encaminhada por um servidor que preferiu não se identificar, trabalhar na unidade hospitalar tem gerado momentos tensos no local.

O trabalhador explicou que as equipes da unidade de saúde e que atendem os pacientes estão desesperadas.

“Está todo mundo desesperado lá. A gente está sem material para anestesia, sem material pra lavar as mãos pra fazer uma cesariana não está tendo, sabe? Tá tenso lá. Tá faltando fio de sutura pra fechar depois da cirurgia, pra fechar o que foi aberto, a gente não está tendo. Tá vergonhoso”, afirmou.

Ainda segundo a denúncia, falta até antisséptico para fazer limpeza na pele do paciente antes da cirurgia.

“Num tem nem clorexidina alcoólica, um produto que a gente usa pra limpar a pele, pra matar os germes antes da gente uma cirurgia e simplesmente não está tendo”, disse.

O que diz a SES-TO

Nossa reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-TO), nesta terça-feira, para explicar a situação na Maternidade.

Em nota a SES afirmou que as unidades hospitalares estaduais estão abastecidas de medicamentos e insumos para o trabalho de rotina.

A SES-TO destaca que algumas faltas pontuais, são supridas por similares e nenhum atendimento é suspenso.

A SES-TO enfatiza que a escassez de material hospitalar é uma realidade de todo o país e o Tocantins é um dos poucos estados brasileiros sem problemas de interrupção de atendimento, por desabastecimento.

Hospital e Maternidade Dona Regina

Criado em 1999, o Hospital e Maternidade Dona Regina oferece um atendimento integral à mulher e ao bebê, com 25 especialidades médicas, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional, odontólogos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Além disso, a unidade hospitalar atende gestantes dos 139 municípios e outros Estados.

Estima-se que em mais de 20 anos de sua criação, mais de 70 mil crianças nasceram no Dona Regina e desde 2002, a maternidade conta com um banco de leite humano e conquistou o título de Hospital Amigo da Criança da ONU e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com o objetivo de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno no âmbito hospitalar.

 

Sair da versão mobile