Quanto ao transporte escolar, houve queixa dos alunos com relação à sujeira dos ônibus, superlotação (muitos estudantes realizam o trajeto em pé), ausência de transporte por período de até uma semana em decorrência da falta de combustível, além do fato de um motorista trabalhar frequentemente alcoolizado e dirigir em alta velocidade.
Diversos ônibus e uma Kombi utilizada no transporte também não dispõem de cintos de segurança na quantidade necessária e estão com o estofamento dos assentos rasgados.
Uma situação de ilegalidade também foi detectada: um veículo de passeio modelo Uno é utilizado no transporte escolar, tendo como condutor um motorista não qualificado (com habilitação da categoria B, quando é exigida a categoria D) e não sendo submetido à vistoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Os estudantes da Escola Estadual Boa Vista queixaram-se de ficar na dependência do transporte escolar que atende aos alunos da rede municipal. Desse modo, nos dias em que não há aula na rede municipal, inclusive quando o período letivo termina mais cedo, eles não têm como ir à escola.
A frota do transporte escolar é composta por seis ônibus, quatro Kombis e um Uno, sendo as Kombis e o Uno locados pelo município.
Outras deficiências
A inspeção, realizada por técnicos do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Infância e Juventude (Caopij), também detectou necessidade de reforma nas escolas, deficiência no acervo das bibliotecas escolares e falta de variedade na composição da merenda escolar, entre vários outros problemas.
Também verificou que há mais de 12 anos o município de Santa Rita não realiza concurso público para a área da Educação, o que resultou no elevado número de servidores contratados (cerca de 70% do total). Também não é oferecida formação continuada aos profissionais da Educação, assim como não há um Plano de Cargos e Carreira que garanta a progressão a esses servidores.
Providências
O resultado da inspeção foi tratado em uma audiência pública com a presença da comunidade, gestores e representantes do Ministério Público, realizada também na última semana. Um relatório técnico com as deficiências encontradas em cada escola também será repassado à Promotoria de Justiça da Comarca de Porto Nacional, para que adote as providências administrativas e judiciais cabíveis.