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Transposição: “Não houve nenhum estudo técnico que mostre viabilidade”, diz secretária de Meio Ambiente

(Divulgação)

Com a aprovação pela Câmara dos Deputados da Lei que prevê a transposição do Rio Tocantins para a bacia do São Francisco, o texto agora tramita no Senado Federal. O projeto prevê um percurso de 733 quilômetros de interligação entre o Rio Tocantins e o Rio Preto, na Bahia, que está vinculado na bacia do São Francisco.

O maior rio da região Nordeste vem morrendo nas últimas décadas principalmente pela ação humana.

A Gazeta do Cerrado fez algumas perguntas a secretária Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luzimeire Carreiro, para saber seu posicionamento sobre a questão.

A secretária afirmou que o posicionamento do Estado é no mínimo temerário. “Não houve nenhum estudo técnico que mostre a viabilidade econômica, social e ambiental deste projeto. Ou seja, um projeto dessa magnitude necessita de um estudo técnico bem elaborado e consolidado parque se tenha uma previsão de impactos positivos e negativos”, explica.

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Luzimeire ainda conta que o Tocantins é quem vai ser impactado e tem que ser ouvido. “Em nenhum momento, nenhuma organização (governo estadual, comitês de bacias hidrográficas, Conselho Estadual de Recursos Hídricos) foi ouvida, não houve audiência. Ou seja, além de haver estudos técnicos, não houve a menor participação da nossa região, nos que vivemos dentro da bacia Tocantins-Araguaia.”, exclamou a secretária.

Carreiro destaca que é muito cedo para avaliar impactos, pois nenhum estudo foi feito. “Mesmo acreditando ser um projeto que tem que ser discutido, é muito precoce se posicionar porque em nenhum momento nos fomos ouvidos ou tivemos acesso a qualquer tipo de informação. Mesmo a Agência Nacional das Águas (ANA), não tem um posicionamento sobre o assunto, pela falta de informações técnicas”, finaliza.

(Foto: Fernando Alves)

Texto: Jornalista Brener Nunes

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