Para investigar desvios de recursos públicos na Prefeitura de Goiatins, norte do estado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Mínima Moralia nesta quarta-feira (8). São cumpridos oito mandados de busca e apreensão na cidade e nos municípios de Itacajá e Palmas. Esta é a 3ª fase da Operação Bagration, iniciada em julho de 2016. Na época, o então prefeito da cidade Vinícius Donnover Gomes e a mulher dele, Sandra Suely da Silva foram presos.
A Polícia Federal informou que foram constatadas diversas irregularidades em licitações da área da educação, como a utilização de notas fiscais em duplicidade para justificar pagamentos ilícitos, preços superfaturados e contratação de empresas de fachada.
A PF disse que as irregularidades foram descobertas após a análise de documentos e mídias apreendidos durante as outras fases da operação.
As investigações foram feitas a partir da análise das movimentações financeiras dos investigados e de relatórios emitidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) do Ministério da Fazenda.
Segundo a PF, a partir dos documentos foram descobertas diversas transferências de valores das empresas e responsáveis contratados, para ex-gestores das Prefeitura de Goiatins, o que gera indícios de desvio de recursos públicos e corrupção passiva.
O nome da operação significa Mínima Moral, qualidade ue deve pertencer ao gestor público no trato honesto e virtuoso da coisa pública, conforme a PF.
1ª Fase
A 1ª fase da operação Bagration foi realizada no dia 27 de julho de 2016. A Polícia Federal cumpriu 13 mandados de prisão em Goiatins e outras cidades do norte do Tocantins. Os envolvidos são suspeitos de integrarem uma organização criminosa que atuava no desvio de recursos públicos. Segundo a PF, a suspeita é que os prejuízos causados aos cofres da União sejam de aproximadamente R$ 10 milhões.
Foram 13 mandados de prisão, sendo nove preventivas e quatro temporárias. Entre os que tiveram a prisão preventiva decretada estão o prefeito de Goiatins, Vinícius Donnover Gomes (PSC), e a mulher dele, Sandra Suely da Silva, responsável por controlar as verbas da Saúde no município.
Também foram presos secretários, servidores, vereadores, ex-gestores e pessoas ligadas ao prefeito da época.
Em 2016, Sérgio Ferradoza, advogado do prefeito Vinícius Donnover Gomes, argumentou que o suspeito vem atestando em depoimento de que os fatos não são verdadeiros e correspondem a atos da administração anterior. Outros foram praticados por outras pessoas sem a ciência ou autorização dele. No decorrer do processo tudo será esclarecido, segundo o advogado.
Fonte: G1 Tocantins