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Treze municípios iniciam lockdown no Pará para conter disseminação do coronavírus

Região do Baixo Amazonas e Calha Norte foi afetada pela medida - José Cruz/Agência Brasil

Região do Baixo Amazonas e Calha Norte foi afetada pela medida – José Cruz/Agência Brasil

No oeste do Pará, 13 municípios iniciaram nesta segunda-feira (1) um lockdown para conter a disseminação do coronavírus. Mesmo com as restrições, havia muita gente nas ruas de Santarém. O trânsito ficou congestionado.

“Infelizmente, a maioria do pessoal não tem disciplina consciente, e você percebe que parece que está num dia normal e, infelizmente, se a população não atender nós vamos aplicar a multa”, diz o coronel Aldemar Maués, comandante de policiamento.

Treze municípios do oeste do Pará, próximos à divisa com o Amazonas, entraram nesta segunda-feira na bandeira preta, que é o risco alto de contágio pela Covid.

Somente Oriximiná ainda não aderiu. A prefeitura diz que vai avaliar a necessidade. Nas cidades que aderiram ao lockdown, só estão autorizados serviços essenciais.

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A medida é para conter a transmissão da doença, depois da identificação de dois casos da nova variante do coronavírus nesta região e por causa do número alto de casos.

Santarém recebe pacientes de municípios menores. Depois que o hospital lotou, teve que improvisar vagas na unidade de pronto atendimento.

Em uma UPA, sete pacientes estão na sala vermelha aguardando transferência para leitos de UTI. No Hospital Regional de Santarém, dos 44 leitos de UTI adulto, apenas um está desocupado e oito pacientes de outros municípios aguardam transferência.

“Basicamente o que estamos vendo no hospital regional são pacientes que estão na fila da UTI que não conseguem entrar e só conseguem entrar se algum paciente vier a óbito. É essa a situação que estamos tendo no momento”, diz a médica Nástia Santos.

O Ministério Público alerta que o sistema de saúde da região pode colapsar: “Porque o hospital regional não cuida apenas da Covid, ele cuida de toda alta complexidade de toda região do Baixo Amazonas e Tapajós. E essa situação foi se tornando cada vez pior, até que da primeira, segunda semana de janeiro, teve que se tornar exclusiva Covid e hoje, na data de hoje, nós temos a informação de que ela está em pré-colapso”, afirma o promotor Bruno Fernandes.

A prefeitura de Santarém declarou que pretende reabrir o hospital de campanha na semana que vem.

Fonte: G1

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