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Ubatuba e Maragogi: Conheça e se encante pelos municípios litorâneos que atraem visitantes o ano inteiro

Com mais de oito mil quilômetros, indo do Amapá ao Rio Grande do Sul, o litoral do Brasil é a principal motivação de viagem para turistas estrangeiros que visitam o país a lazer. Para os brasileiros, não é muito diferente. Basta ver o fluxo nas rodoviárias, nas rodovias e nos aeroportos durante as férias escolares ou feriados. Quem não tem o privilégio de morar no quintal do Oceano Atlântico encara trânsito, filas, horas de viagem e passagens mais caras. Não importa a estação, as praias atraem quem procura descanso ou diversão.

Na semana do Dia Mundial de Turismo, celebrado nesta sexta-feira, 27 de setembro, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca cinco temas relacionados ao setor em uma série de matérias e publicações no site e nas redes sociais. Além de sol e praia, assunto desta quarta-feira, 25, os turistas estrangeiros, a gastronomia, o ecoturismo e as festividades populares estão entre os temas abordados. O objetivo é mostrar o potencial do país e as boas práticas municipais.

Maragogi, em Alagoas, e Ubatuba, em São Paulo, são dois exemplos de Municípios litorâneos que têm fomentado a economia de toda uma região com seus atrativos. Por terem bens naturais valiosos para todo o planeta – e que são de uso público –, as prefeituras enfrentam, diariamente, os desafios da exploração sustentável. Para isso, contam com apoio de empresas privadas, organizações da sociedade civil e a própria população.

Caribe brasileiro
Por suas características climáticas de sol e calor, a região Nordeste atrai visitantes o ano todo. Entre tantas opções, o prefeito de Maragogi, Fernando Sérgio Lira, garante que o Município conseguiu criar diferenciais. “Temos perto de 4,5 mil leitos e outros atrativos, como espaço aquaviário, com catamarãs e lanchas, mergulhos em sítios históricos e barcos afundados, cachoeiras, trilhas, como a do Visgueiro, culinária e cultura regional”, lista.

Com um conjunto de piscinas naturais de um azul marcante a 6 km da costa, Maragogi depende das condições da maré e da organização dos guias turísticos e das embarcações para levar os turistas a sua maior atração. “O turismo é o braço mais alavancador e maior formador do PIB [Produto Interno Bruto] municipal. Tudo atrás de uma cortina de proteção ambiental, pois somos uma APA [Área de Proteção Ambiental], e nos esforçamos para preservar barreiras coralinas, manguezais e a Mata Atlântica”, garante.

Maragogi é um dos 158 Municípios brasileiros a serem beneficiados com investimento total de R$ 200 milhões, incentivos a novos negócios, acesso ao crédito, marketing, inovação e melhoria de serviços por meio do programa Investe Turismo, lançado recentemente pelo governo federal. Atrelado a isso, Lira ressalta o papel da agricultura familiar, segunda atividade econômica, que também tem recebido investimentos em tecnologia. “Nossos agricultores se esforçam para colocar comida na mesa dos nossos munícipes e em hotéis e pousadas”, agradece.

Litoral paulista
A Mata Atlântica preservada no litoral nordestino é a mesma que luta para sobreviver no Sudeste brasileiro. Ubatuba conseguiu manter grande parte de seu território intocado, com 90% de seus 748 mil metros quadrados de área total ocupados por parques estaduais. São mais de 20 ilhas e 102 praias que oferecem condições para as práticas de surf, mergulho, pesca, vela e todos os tipos de esportes aquáticos.

Considerada um paraíso ecológico do Litoral Norte paulista, a cidade já teve uma economia baseada na cana-de-açúcar e no café, passando por períodos de prosperidade e declínio. Com as melhorias nas estradas da região, a partir da década de 1950, começa o ciclo de desenvolvimento econômico baseado no turismo, que passa a ser a maior fonte de renda. Na alta temporada, de dezembro a fevereiro, o Município, de cerca de 90 mil habitantes recebe de 500 mil a 1 milhão de pessoas.

Como o secretário de Turismo, Potiguara do Lago, explica, as praias são o principal atrativo, mas outros pontos têm sido cada vez mais explorados. “Primeira coisa que o nosso turista procura é a praia, são mais de 100 km de costa. Mas a gente mostra outras coisas, o meio ambiente, as cachoeiras, a gastronomia e as culturas caiçara, indígena e quilombola. Também sou guia de turismo e o visitante sempre fica surpreso e diz que não tinha ideia de tanta opção que temos”, conta.

Monitoramento e pessoal
Antes mesmo de sair de casa ou do local em que está hospedado, é possível conferir online a qualidade das praias e a previsão oceânica. A cidade conta ainda com um dos primeiros parques subaquáticos do Brasil, situado na APA do Parque Estadual da Ilha Anchieta – habitada pelas comunidades tradicionais citadas pelo gestor, que mantêm suas tradições e costumes preservados.

E, segundo Potiguara, Ubatuba é a única do país a ter uma escola municipal de guias de turismo. O curso de um ano concede quatro tipos de certificação: atuação regional e nacional (para ser acompanhante), e especializações em atrativos naturais e atrativos culturais. Atualmente, são nove credenciados para atuar na região. Outra ação que deu certo foi a Parceria Público-Privada com uma associação de guias para gestão do Pico do Corcovado, muito procurado para montanhismo. “Depois de processo seletivo, eles se tornaram responsáveis pelo agendamento, controle de acesso e manutenção das trilhas. Usaremos o modelo em outros territórios”, adianta.

Fotos: Kaio Fragoso/Ag. Alagoas; Thiago Cavalcanti/Salinas Resort; Costa Sul de Ubatuba

fonte: Agência CNM de Notícias

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