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UFT vai escolher nome de uma líder negra tocantinense para Clínica de Direitos Humanos

A Clínica de Direitos Humanos do Curso de Direito da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus de Palmas, receberá o nome de uma mulher negra tocantinense. A decisão foi tomada pelas membras e membros fundadores da clínica, que realizaram uma consulta para identificar possíveis homenageadas.

Após o prazo aberto para consulta, cinco mulheres foram indicadas. São elas: Dona Camila, Maria de Fátima Barros, Dona Juscelina, Dona Raimunda e Dona Miúda. Todas são mulheres que em vida lutaram em defesa dos direitos humanos, em especial das suas comunidades. Para conhecer um pouco mais sobre essas mulheres, a CDH criou o e-book que pode ser acessado no endereço xxxxx, na página do instagram cdh.uft e no site da UFT.

A coordenadora da CDH, professora Dra. Gleidy Braga explicou que o próximo passo é divulgar amplamente às biografias das mulheres na comunidade acadêmica do curso de Direito e após essa etapa, realizar no mês de março uma eleição interna para escolha da homenageada. ” É muito simbólico no mês da consciência negra divulgarmos esse processo, porque acreditamos que essa homenagem será uma forma de valorizar o trabalho dessas mulheres e de contribuir para a promoção da equidade racial e de gênero.”

Para a discente Ana Laura Magalhães, do primeiro período de Direito, a CDH amplia a sua perspectiva do que é o Direito. “As trocas com os membros da CDH, os meus colegas discentes e os professores, com certeza, contribuem e contribuirão muito para a minha formação acadêmica e como pessoa, pois, sobretudo, o objetivo central do projeto é a educação em direitos humanos, então a construção de seres humanos conscientes dos direitos fundamentais à dignidade humana, surtirá efeitos também sobre o meu “eu”, como indivíduo”. Além disso, a aluna registrou a importância de partcipar do processo de escolha de uma mulher negra para nomear a CDH. “Acredito que o nome de uma mulher negra tocantinense honra com todos os objetivos que queremos atingir com a CDH e não só isso, participar de todo o processo de indicação dos nomes fez com que eu conhecesse mais profundamente a história dessas mulheres tão importantes, mas que por vezes passam despercebidas dentro do nosso contexto social. Sem dúvidas, torná-las visíveis para a maior quantidade de pessoas é reconhecer a legitimidade de suas lutas e histórias”, conclui.

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Histórico da CDH

A professora Cris Roque, coordenadora do curso de Direito, explicou que a ideia da clínica surgiu em 2022, no processo de transformação do Curso após o projeto pedagógico de curso (PPC) de 2021. Em 2023, o projeto foi cadastrado na UFT como um projeto de extensão interdisciplinar, cujo principal objetivo é promover a Educação em Direitos Humanos – EDH através da extensão jurídica, por meio de ações formativas e colaborativas entre saberes acadêmicos e grupos da sociedade civil, visando a promoção dos direitos humanos.

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