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Um ano após cassação traumática Tocantins vive modo espera

Maju Cotrim - Jornalista e Editora Chefe da Gazeta do Cerrado - Divulgação

Maju Cotrim- Jornalista e Editora da Gazeta do Cerrado

Lá se foi um ano após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda, data que marca momentos turbulentos no Tocantins com uma eleição direta inesperada com direito a segundo turno inclusive. Há um ano atrás o comércio, a economia e outros setores sentiam também o impacto de mais uma troca de governo num ano que já teria eleições.

O atual governador Mauro Carlesse, até então presidente da Assembleia, assumia a gestão interinamente levantando a bandeira do municipalismo. Marcelo saiu. Voltou de novo por alguns dias. Carlesse então voltou novamente até que fossem realizadas as eleições nas quais foi eleito governador para o mandato tampão.

Um mar de Operações da Polícia, Campanhas pesadas do ponto de vista político e enfim em outubro, logo no primeiro turno Carlesse ganhou novamente para um mandato de quatro anos.

Ele não pode mais disputar a reeleição, argumento usado inclusive por aliados dele para justificar suas medidas amargas e até impopulares. Um ano depois o Tocantins após um forte “choque administrativo” desde Janeiro está no modo de espera.

A espera da estabilidade que virou marca das campanhas de Carlesse e deste conceito que foi ao encontro de muitos Tocantinenses que viram numa palavra o que achavam talvez ser o melhor remédio para o Tocantins.

Carlesse demitiu todos, voltou alguns porém os servidores da área da Educação aguardam ainda a nomeação e na Saúde os médicos e demais servidores essenciais tiveram que voltar às pressas dias depois do ato de exoneração.

Impasse com médicos que causaram superlotação em hospitais e lá foi o governo mediar a situação e propor de fato a regulamentação das escalas e plantões, a MP foi publicada e passará pela Assembleia. A gestão enfrentou de frente o problema e a população sentiu na pele os reflexos de anos e anos de gargalos na Saúde.

A quebra do status de “Estado-mãe” como maior empregador é outro desafio. A folha de pagamento não pode passar de R$ 300 milhões, por determinação do governador que nestes meses elencou outras medidas daquelas que segundo ele são amargas mas necessárias. Os gabinetes dos deputados estão lotados diariamente com pessoas com pastas com currículos em baixo do braço. Lá vão eles explicar os motivos do enxugamento, dos cortes…

A gestão vem lidando com algumas crises localizadas, uma delas com setores da Polícia Civil que inclusive farão ato em frente à Assembleia na próxima terça-feira contra o polêmico Decreto que trouxe o Manual de Procedimentos. Em meio à argumentação de alguns que são contra uma coisa é fato: o erro na prisão do irmão do deputado levantou ainda mais polêmica sobre a necessidade de normas na atuação durante as Operações.

O modo de espera está em várias áreas porque anunciar é uma coisa e implantar é outra e requer tempo. Quer uma espera maior do que a do orçamento que só será de fato deliberado esta Semana? Único Estado do país sem orçamento em meados de março.

A reforma já está sancionada e em vigor mas, por outro lado, a MP do congelamento é alvo de mobilização dos sindicatos que querem que a gestão reveja o tempo de 30 meses. Por outro lado também auditores também reclamam e querem diálogo contra alterações na pasta. Ou seja: reação de vários lados.

Politicamente vários aliados é claro indicaram alguns quadros para secretarias porém não na mesma quantidade e “liberdade” de sempre. O governador tem pedido compreensão, entendimento…e assim sendo alguns deputados até criticam pontualmente na Assembleia mas oficialmente ninguém se declara oposição. Pleo contrário: o discurso generalizado é que todos são solidários ao momento que o Estado passa.

O discurso do governo tem sido de busca de empresas para gerar emprego, desenvolvimento do turismo, enquadramento do Estado na LRF para liberação dos recursos e empréstimos para início da construção da Ponte de Porto e outras obras. Reuniões e mais reuniões para falar dos problemas por áreas. Determina daqui, corre dali, apaga incêndio aqui. A conta de anos vem chegando em meses…Um exemplo? a ponte de Porto! Há quantos anos  há um temor sobre as reais condições da estrutura e nada se fez…Coube a Carlesse ir lá e interditar. Outra “crise” principalmente com a gestão de Porto.

Após fechamento de escolas, demissão em massa de médicos, insatisfação de categorias, embate com delegados, concurso da PM pendente, corte drástico de cargos e indicações e tantos outros gargalos o Tocantinense espera os resultados. Em três meses foi um rebuliço institucional neste Estado. Um aliado de Carlesse disse na Assembleia: “Desculpe o transtorno: estamos trabalhando para transformar o Tocantins”.

Um ano depois da turbulenta interrupção de governo a população espera os resultados práticos da gestão Carlesse que dependem não só de recursos, gestão técnica ou de projetos mas principalmente de tempo, tempo, tempo.

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