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Um ano depois: Dor, revolta e toda uma cidade marcada pelo feminicídio cruel da professora Elizabeth

Foto – Divulgação

Equipe Gazeta do Cerrado

Centenas de pessoas tomaram as ruas de Pequizeiro, região norte do Tocantins, em um protesto por Justiça pela professora Elisabeth Figueiredo vítima de feminicídio há um ano. O marido dela foi preso pelo crime.

No protesto, familiares, amigos, ex-alunos e moradores da cidade carregavam faixas pedindo o fim da violência doméstica e fizeram um alerta para que os crimes de feminicídio acabem.

O grupo percorreu algumas ruas da cidade prestando também homenagem à professora, que era carinhosamente conhecida como ‘Tia Beth”.

Beth chegou na cidade ainda na década de 70 e era muito querida pelos moradores.

Foto – Divulgação

O crime

A professora Elisabeth Figueiredo, de 61 anos, foi encontrada morta dentro de casa no dia 6 de junho de 2021, em Pequizeiro, norte do Estado. Na época, a vítima de feminicídio apresentava lesões na cabeça, provavelmente causadas por arma de fogo.

Um dia depois o marido da professora, de 49 anos foi preso. Ele é o principal suspeito de crime.

De início, o caso chegou a ser registrado na Polícia Militar como suicídio, isso porque após a morte, uma pessoa ligou para a PM informando que a professora havia se matado, dentro de casa.

Segundo o relatório da ocorrência, ao chegarem ao local, os militares constataram o óbito. O irmão de Elisabeth relatou que foi até a casa e viu o companheiro da vítima com roupas sujas de sangue, mas que o homem não lhe deu explicações sobre o que teria acontecido.

O irmão relatou também que o companheiro da vítima aproveitou o momento oportuno para sair do local sem ser percebido.

Elisabeth Figueiredo foi assassinada dentro de sua própria casa em Pequizeiro — Foto: Divulgação

Conforme a PM, próximo ao corpo, havia uma arma calibre 38.

Durante o depoimento o homem chegou a sustentar a teoria que a sua esposa teria cometido suicídio. Porém uma testemunha contou que viu o marido da vítima efetuando disparos de arma de fogo contra ela logo após uma discussão entre o casal. Segundo testemunhas, o casal já teve várias brigas, mas a mulher nunca chegou a registrar uma denúncia contra o agressor. A prefeitura da cidade decretou três dias de luto pela morte da professora.

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